Governo Lula cria regras para prêmio com nome de protagonista de Ainda Estou Aqui
Após sucesso de Ainda Estou Aqui, Lula criou um novo prêmio
Publicado em 18/09/2025 às 17:01,
atualizado em 18/09/2025 às 17:22
O Governo Lula publicou nesta quinta-feira (18) uma portaria que define as regras para o Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia. Os rumos da premiação acontece poucos meses depois do filme Ainda Estou Aqui, que contou a história da mulher, vencer o Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional e fazer história para o Brasil.
A honraria será concedida anualmente a personalidades que, em sua atuação profissional, intelectual ou política, contribuam de forma expressiva para a preservação e fortalecimento da democracia brasileira, dos direitos fundamentais e das liberdades civis.
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O prêmio possui três categorias: Defesa Institucional da Democracia, que reconhece pessoas em funções públicas relevantes; Liberdades Civis e Direitos Humanos, para personalidades que protejam os direitos individuais e de grupos vulneráveis; e Iniciativa da Sociedade Civil, que premia projetos, coletivos e movimentos sociais que combatem a desinformação e promovem a justiça social.
A criação do prêmio foi oficializada em janeiro de 2025 por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um evento que lembrou os ataques antidemocráticos ocorridos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. À época, Ainda Estou Aqui aparecia como forte concorrente ao Oscar e o nome de Fernanda Torres surgia com força para cravar uma indicação como Melhor Atriz.
A premiação será entregue pelo Observatório da Democracia da Advocacia-Geral da União (AGU), com a decisão final feita pelo advogado-geral da União.
O nome do prêmio homenageia Eunice Paiva, advogada e ativista em defesa dos direitos humanos, cujo papel na resistência democrática ganhou visibilidade nacional e internacional após o lançamento do filme Ainda Estou Aqui (2024), dirigido por Walter Salles.
O filme retrata a história de Eunice e seu esposo, Rubens Paiva, deputado cassado e desaparecido político durante a ditadura militar no Brasil. Fernanda Torres interpretou Eunice e recebeu prêmios por sua atuação, inclusive um Globo de Ouro de melhor atriz de drama.
Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o investimento financeiro destinado ao prêmio, mas a AGU informou que um ato normativo contendo informações para a implementação da premiação será editado ainda neste ano.
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