Quase golpe

Minuta do golpe queria prisão de inimigos de Bolsonaro e novas eleições

Bolsonaro mudou a minuta, mas manteve uma prisão, diz PF


Bolsonaro em foto
Minuta queria inimigos de Bolsonaro presos - Foto: Reprodução/Internet
Por Redação NT

Publicado em 08/02/2024 às 13:26,
atualizado em 08/02/2024 às 13:48

A Polícia Federal anunciou nesta quinta-feira (8) a descoberta de uma minuta golpista que abalou os corredores do poder. O documento, meticulosamente elaborado, delineava um cenário sombrio para o país, envolvendo prisões de autoridades de alto escalão e a destituição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo informações obtidas pela PF, a minuta previa a prisão de figuras proeminentes, incluindo os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, bem como o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além disso, o texto sugeria a convocação de novas eleições, caso o golpe planejado se concretizasse.

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A operação que desvendou essa trama, batizada de Tempus Veritatis, foi autorizada pelo próprio ministro Alexandre de Moraes. A ação realizada hoje teve como alvo militares e ex-ministros do governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro (PL). Após minuciosa análise do conteúdo, o então presidente teria solicitado a remoção das menções a Mendes e Pacheco, mantendo apenas o pedido de prisão contra Alexandre de Moraes.

As medidas tomadas pela PF não se limitaram à prisão de assessores de Bolsonaro. Buscas e apreensões foram realizadas nas residências de aliados que integraram o governo anterior. Além disso, o ministro Moraes determinou que o ex-presidente está proibido de se comunicar com os demais investigados, impedido de deixar o território brasileiro e obrigado a entregar seu passaporte.

A investigação revelou que Filipe Martins, atualmente detido, e Amauri Feres, alvo das buscas, foram os responsáveis por entregar a minuta ao então presidente. A PF também descobriu que militares da ativa estavam pressionando aqueles que se opunham à trama golpista, numa tentativa de induzi-los a aderir ao movimento.

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