Caso Marielle: Leia a íntegra da delação premiada de Élcio Queiroz
Ele fez diversas confissões e deu norte para a PF
Publicado em 24/07/2023 às 22:33,
atualizado em 24/07/2023 às 23:15
Élcio Queiroz, ex-policial militar detido desde 2019, confessou em uma delação premiada à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro que Ronnie Lessa, ex-policial reformado que também está preso há quatro anos, foi o responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes com uma submetralhadora.
Ambos enfrentarão julgamento pelo Tribunal do Júri, embora a data da sessão ainda esteja indefinida. Élcio forneceu detalhes do caso e admitiu que dirigia o veículo utilizado no ataque. As informações foram divulgadas pelo ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (24).
No depoimento, Élcio revelou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, inicialmente estava encarregado de vigiar a vereadora e participar do atentado em seu lugar, mas acabou sendo substituído pelo ex-PM. Suel foi preso nesta segunda-feira na Operação Élpis.
O ministro afirmou que Élcio Queiroz, réu por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, receberá benefícios em virtude do acordo de delação, mas continuará preso. De acordo com Dino, a delação e a prisão de Suel representam um "evento de grande importância" e encerram a investigação sobre a execução das vítimas. "As cláusulas do acordo ainda estão sob sigilo judicial, mas posso afirmar que o senhor Élcio continuará detido em regime fechado. Ele permanecerá onde se encontra", detalhou.
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Contudo, as investigações prosseguem para identificar os possíveis mandantes do crime e, conforme afirmou o ministro durante a coletiva desta segunda-feira (24), levarão "sem dúvida" aos responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco.