Se deu mal

Aliado tenta minar Marina para Lula, mas leva invertida

Jean Paul Prates quer demover a ministra sobre imbróglio envolvendo Ibama


Foto de Lula
Lula deu uma invertida em um aliado que tentou minar Marina Silva - Foto: Reprodução/Internet

Jean Paul Prates, presidente da Petrobrás, entrou em contato com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pediu para que o chefe do governo mediasse com Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, sobre a tentativa da estatal de perfurar poço de petróleo no Amapá. O problema é que a resposta passou longe de ser satisfatória e o chefiado levou uma invertida do chefe.

Com Lula no Japão, durante encontro do G7, Jean Paul teria tentado falar com o presidente através de troca de mensagens, mas isso é impossível porque o mandatário somente utiliza smartphone através de assessores e de Janja da Silva (PT), a primeira dama. Mesmo assim, o chefe da Petrobrás reclamou da decisão do Ibama e também da postura da ministra Marina Silva, pedindo que houvesse uma intervenção política.

Lula não quis falar diretamente com Jean e avisou que não iria se intrometer em decisões técnicas. Segundo uma fonte do Planalto, o presidente avisou o aliado para procurá-lo apenas se o Ibama houver cometido um erro de avaliação ou se houver algum novo estudo, do contrário não haverá desautorização do parecer, considerado técnico.

Marina Silva se defende, mas não fala com Lula

É isso, inclusive, que Marina Silva vem dizendo oficialmente e também nos bastidores. Mesmo atacada por membros do governo, ela repetiu mais de uma vez que não foi uma decisão política e que sequer contou com sua participação influência. Nas palavras da ministra, quem tomou a decisão do parecer foram os técnicos do Ibama e que ela não foi consultada, mas que concorda e apoia o relatório. Ela não foi procurada e não falou com Lula sobre o assunto.

O imbróglio envolve a tentativa da Petrobrás perfurar um novo poço para encontrar petróleo no Amapá. O Ibama não autorizou a prática por conta dos impactos ambientais e porque os documentos anexados pela estatal não comprovaram a diminuição de tais riscos. Mesmo assim, parte da classe política faz pressão pela liberação.

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