Com Piovani e Santoro

Antecessora de Terra Nostra é uma novela que a Globo quer esquecer

Trama de Giuliana e Matteo, de volta ao ar em Edição Especial, salvou o horário nobre de produção fracassada, nunca reprisada na TV


Luana Piovani e Rodrigo Santoro na época da novela Suave Veneno
Casal na vida real na época de Suave Veneno, os atores Luana Piovani e Rodrigo Santoro também formaram par romântico na ficção - Foto: Reprodução

A antecessora de Terra Nostra em sua exibição original, em 1999, é uma novela que a Globo quer esquecer. De volta ao ar em Edição Especial, a novela de Giuliana (Ana Paula Arósio) e Matteo (Thiago Lacerda), escrita por Benedito Ruy Barbosa, salvou o horário nobre do fracasso de Suave Veneno, trama criada por Aguinaldo Silva que nunca foi reprisada.

A novela contava com um casal em alta na época, na ficção e na vida real: Luana Piovani e Rodrigo Santoro. Ela interpretava Márcia, filha de um milionário, enquanto ele era Eliseu, um pintor que acaba envolvido em um esquema criminoso. O tema do casal, Sozinho, na voz de Caetano Veloso, fez grande sucesso, a despeito do fracasso da novela.

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A história principal girava em torno do pai da moça, Waldomiro (José Wilker), um bem-sucedido empresário do ramo de mármores. Ele construiu seu império do zero e, além de administrar o negócio, precisa lidar com conflitos de uma das filhas, Maria Regina (Letícia Spiller), que almeja o controle dos negócios da família.

Havia também referências à tragédia Rei Lear, de William Shakespeare, e ao filme Um Corpo que Cai (1951), de Alfred Hitchcock, como na trama da misteriosa Inês (Gloria Pires), que se infiltra na vida de Waldomiro e retorna depois com outra identidade, Lavínia. O nome da personagem Carlota Valdez (Betty Faria) também veio do clássico do cinema.

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Suave Veneno não empolgou o telespectador e registrou a menor audiência entre novelas das 20h na década de 1990, segundo o Ibope. O sucesso que o Programa do Ratinho, no SBT, fazia na época também foi apontado como razão do insucesso. Várias alterações foram feitas na história na tentativa de atrair o público, mas pouco adiantou.

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Entre os poucos personagens marcantes da novela, estão a vilã Maria Regina, papel que rendeu elogios e críticas a Letícia Spiller; e o guru Uálber, vivido por Diogo Vilela, que também levou à narrativa uma discussão sobre homossexualidade e preconceito.

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Curiosamente, o autor voltaria a apostar no entrecho principal de Rei Lear em uma novela que escreveu anos depois: Império (2014). A história do Comendador José Alfredo (Alexandre Nero) guardava várias semelhanças com a trama principal de Suave Veneno, mas, ao contrário desta, foi considerada um grande sucesso pela Globo.

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