Entrevista exclusiva

Público pediu para Oscar Magrini não morrer em O Rei do Gado

Ator confessa que até hoje é chamado de Ralf nas ruas


Ralf fala ao telefone em cena de O Rei do Gado
Personagem de Oscar Magrini caiu na graça do público em O Rei do Gado - Reprodução/TV Globo
Por Taty Bruzzi

Publicado em 02/11/2022 às 04:41,
atualizado em 02/11/2022 às 10:04

No próximo dia 7, O Rei do Gado (1996) retorna à grade da Globo através do Vale a Pena Ver de Novo. Esta é a quarta vez em que a novela de Benedito Ruy Barbosa será reprisada. A primeira foi em 1999. Em 2011, o folhetim ocupou a grade do canal Viva na TV por assinatura. Já em 2015, a trama foi reexibida no Vale a Pena Ver de Novo para comemorar os 50 anos da emissora carioca.

Intérprete do Ralf, Oscar Magrini revela ao NaTelinha que seu personagem morreria no capítulo 30, mas o público caiu de amores pelo cafajeste, apesar de ser o amante da mulher do "rei do gado", garantindo sua permanência até o capítulo 135.

"Tenho uma empatia por esse personagem. Mesmo ele sendo um cafetão, os homens gostavam, as mulheres adoravam, e o Benedito teve que mudar toda a história porque não podia matar o Ralf. Ele [autor] recebia e-mail, fax, pedindo para não matar o Ralf. Imagina", conta, empolgado. 

Público pediu para Oscar Magrini não morrer em O Rei do Gado

Segundo o ator, o convite para o papel veio dos diretores da novela, que o viram em cartaz com peça A Falecida, de Nelson Rodrigues. "Eu falei, poxa que legal, novela das 20h, O Rei do Gado, amante da esposa do rei do gado, um elenco estrelar, que bacana”, lista.

A notícia de que ficaria pouco tempo no ar surgiria logo em seguida. Em uma espécie de premonição, Magrini questionou as chances de mudanças, de repente, se conquistasse o público. Como a decisão era do Benedito [Ruy Barbosa], se conformou.

"Poxa vida, tá bom né. Ou vai ser mais uma novela, ou vai ser 'A novela'", opinou. Hoje, 26 anos depois da estreia, o ator reafirma que a repercussão em cima do personagem continua imensa.

"Me veem e falam: 'Ralf', 'Rei do Gado'", fala. "Eu brinco que mãe e vó me adoram [risos], porque na época elas tinham entre 29 e 32 anos, hoje tem 60, 50 e pouco, a minha idade. Eu tinha 35 anos, estou com 61", comenta.

Ator recebeu o prêmio de melhor vilão na época

Público pediu para Oscar Magrini não morrer em O Rei do Gado

Saber de a volta do Rei do Gado à telinha deixou Oscar Magrini muito feliz. Afinal, foi graças ao Ralf que o ator venceu o prêmio de maior vilão pela revista Contigo, em 1997.

"Minha mulher recebeu o prêmio para mim, porque eu estava em Portugal", conta. "Fico muito feliz que a novela vai passar novamente no Vale A Pena Ver de Novo, e de eu ter conseguido dar essa volta, não morrer no capítulo 30 e, sim, no 135", comemora, sorrindo.

O ator termina a conversa falando, com carinho, de fazer parte de um elenco estrelar, como ele mesmo define. Em especial, com a Silvia Pfeifer, com quem fez par romântico.

"Foi fantástico! Raul Cortez, uma amizade incrível que eu tive com ele, com Fagundes [Antônio], com a própria Silvia [Pfeifer], com a Leila Lopes que, infelizmente, já não está mais com a gente", se emociona.

"Existe amizade ainda daquela época, das pessoas. Então, eu fico muito feliz. É muito gratificante rever um trabalho tão bacana de todos, em todos os sentidos, no Vale A Pena Ver de Novo", finaliza.

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