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Fernanda Souza descobriu talento como Mirna de Alma Gêmea: "Transformou minha carreira"

No ar com reprise no Viva, atriz também está em documentário sobre 25 anos de Chiquititas e apresenta novo reality show da Netflix após período sabático


À esquerda, Fernanda Souza como Mirna na novela Alma Gêmea, de 2005; à direita, a atriz posa para selfie postada no Instagram
"Considero que essa personagem foi um portal. A Mirna me deu a possibilidade de mostrar para as pessoas que eu podia fazer comédia, o que nem eu mesma sabia", conta Fernanda Souza - Fotos: Divulgação/Globo e Reprodução/Instagram
Por Walter Felix

Publicado em 28/02/2022 às 05:00,
atualizado em 12/03/2022 às 04:47

Fernanda Souza ainda se diverte ao ser chamada de “Miiirrrna”, com o sotaque caipira e carregado de Crispim (Emílio Orciollo Netto). Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, a atriz conta que descobriu um talento na pele da personagem de Alma Gêmea (2005), atualmente em reprise no canal Viva. Ela também fala sobre o reality show que vai apresentar na Netflix e sobre o documentário que comemora os 25 anos de Chiquititas (1997).

Em Alma Gêmea, Fernanda Souza fez humor pela primeira vez. Naquela altura, ela já tinha 13 anos de carreira na TV. “Considero que essa personagem foi um portal. A Mirna me deu a possibilidade de mostrar para as pessoas que eu podia fazer comédia, o que nem eu mesma sabia. Quando falavam ‘Nossa, você leva jeito’, eu respondia: ‘Eu levo?’ (risos). Foi uma ótima descoberta, que transformou minha carreira dali para frente.”

A forma como Crispim gritava o nome da irmã virou bordão, lembrado até hoje. “Aquilo grudava na cabeça das pessoas, e era muito gostoso encontrar esse carinho nas ruas. Na época, muitas Mirnas vinham me falar que só eram chamadas daquela forma. Até hoje, quando alguém lembra desse bordão, eu caio na gargalhada. Algumas pessoas brincam com isso sempre que me encontram, até amigos próximos”, conta a atriz. Um deles é o cantor Dodô, vocalista do grupo Pixote.

Mirna sonhava em arranjar casamento, mas tinha seus planos sabotados pelo irmão. Os personagens caíram nas graças do público e, não à toa, o capítulo em que a moça joga a vilã Cristina (Flávia Alessandra) no chiqueiro deu um recorde de audiência à trama escrita por Walcyr Carrasco, com direção de Jorge Fernando (1955-2019). “Foi uma cena muito esperada, com vinte pessoas do elenco, várias pessoas caíram na lama”, recorda Fernanda.

Fiel escudeira de cena, a pata Doralice também fez sucesso. Para Fernanda, o animal de estimação se tornou uma personagem da novela, com direito até a casamento na reta final da história. “O Walcyr consegue trazer toda a pureza e a poesia do campo, a relação com os animais e com a natureza, o jeito simples e humilde de tratar. Foi realmente um presente poder fazer a Mirna, pela energia leve que ela tinha. E eu me divertia muito, obviamente, porque as cenas eram muito engraçadas.”

Depois de Alma Gêmea, ela continuou fazendo personagens cômicas, como a Isadora da série Toma Lá Dá Cá (2007-09). Já em O Profeta (2006) – disponibilizada na íntegra, nesta semana, pelo Globoplay – a atriz ganhou sete quilos e usou enchimento para dar vida a Carola, vítima de gordofobia e com problemas de autoestima. “Além da comédia, a Carola tinha um lado dramático. Era muito interessante fazer aquela personagem. Ela carregava uma dor muito grande dentro dela, tinha muitas nuances.”

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A atriz também está no documentário Anos Depois, que celebra os 25 anos de estreia da primeira versão brasileira de Chiquititas (1997). O trabalho como a órfã Mili marcou a carreira de Fernanda Souza e transformou a então atriz mirim em estrela. A direção do projeto comemorativo é do argentino Cristian de Ciancio, que, de câmera man a diretor, esteve em todas as temporadas da atração exibida no SBT.

“Ele conhecia todo mundo, todas as crianças e todas as mães. Tinha um material muito grande de bastidores e resolveu unir os bastidores com arquivos pessoais de tudo que nossas famílias tinham gravado. Naquela época, nossos bastidores não eram mostrados. As pessoas só tinham acesso quando aparecia em um especial do SBT Repórter. Não existia um Vídeo Show que mostrasse esse tipo de conteúdo.”

A gravação de seu depoimento foi emocionante, revela Fernanda. “Acessei memórias e momentos muito felizes da minha vida. Estou ansiosa para ver o documentário pronto, com depoimento de todo mudo”, conta. Ela espera que o documentário seja comprado e exibido por alguma plataforma de streaming até julho, quando será o aniversário da trama. “Torço para que possa desmembrar em alguma série, algo com mais episódios, porque são 25 anos de histórias para contar.”

“Chiquititas reverberou profundamente no coração de quem assistiu. As pessoas iam até a Argentina [onde a novela era gravada] para tentar encontrar a gente. Ainda é algo muito impactante no imaginário de quem era criança ou adolescente nos anos 1990. Tenho certeza que, quando essas pessoas assistirem ao documentário, vão ficar muito emocionadas, porque também fala da vida delas, mesmo que indiretamente.”

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Longe das novelas – a última foi A Regra do Jogo (2015), na Globo –, Fernanda Souza surgirá em breve como apresentadora do Iron Chef, reality show de culinária produzido pela Netflix. “Foi delicioso gravar. Fiquei um mês em São Paulo. A estreia será neste ano, só não sei dizer a data ainda, mas estou muito curiosa. Adoro realities, e esse reúne os maiores chefs do Brasil. Está uma aula gostosa, divertida e emocionante.”

Nos últimos anos, a atriz tem ficado mais distante das redes sociais, apesar de ser seguida por mais de 21,5 milhões de fãs só no Instagram. “Até 2019, eu estive muito presente, porque estava trabalhando em muitas frentes, com muito conteúdo para postar. Entrei de férias, tirei meu ano sabático, e já não tinha mais o que compartilhar. Fui me desabituando, e hoje em dia praticamente não uso.”

Desde 2019, a atriz passou a se dedicar ao autoconhecimento. Estudou sobre barra de access e reiki, técnicas de transferência de energia. “Tenho estudado tudo o que me dá vontade. Estava com saudade disso, porque trabalhei muito e não fiz faculdade. Então, não tive aqueles cinco anos de formação, para poder mergulhar nos estudos. Sou gêmeos com virgem, gosto muito de consumir conteúdo, anotar e fazer resumos. Isso me dá muito prazer.”

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