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Ator de Império revela o que tem em comum com braço direito do comendador

Roberto Birindelli relembra o sucesso de Josué e a parceria com Alexandre Nero


Roberto Birindelli encostado no carro
Roberto Birindelli interpreta o motorista Josué em Império - Reprodução/TV Globo
Por Taty Bruzzi

Publicado em 28/04/2021 às 07:44,
atualizado em 28/04/2021 às 10:14

Intérprete do Josué em Império, Roberto Birindelli falou com exclusividade ao NaTelinha sobre o sucesso do personagem, um cara bronco e grosseiro, mas ótimo amante para as mulheres com quem se envolveu. "Aprendi algumas coisas com Josué. Ele é um cara de ação, instintivo. Não pensa duas vezes pra decidir e tomar atitudes, e não se sente culpado ou carrega remorsos. Sou bem diferente nisso.", observa o ator de 58 anos.

Braço direito de José Alfredo (Alexandre Nero), quando não estava protegendo o comendador, o capanga mexeu com o imaginário feminino de quem estava em casa protagonizando cenas quentes com Helena (Julia Farjado) e Marisa (Luciana Pacheco). "Bom, em relação a 'pegada', talvez eu seja mais parecido, mas, por exemplo, ele termina com sua companheira, Helena, por telefone e não pensa mais no assunto. Eu nunca faria isso!", garante.

Apesar do sucesso com as mulheres na trama, Birindeli não se considera um galã. O ator também nega que tenha sido assediado nas ruas e acredita que a popularidade do Josué se deu por causa da parceira com o protagonista. "Sim, Josué fez realmente cenas quentes... Claro que isso mexeu com o imaginário, mas não sou dos galãs. Muito mais pessoas vinham me cumprimentar pelo trabalho de ator, e pela parceria do Josué com o comendador", opina.

Roberto enxerga o personagem como um cara observador e perigoso, e destaca seu crescimento dentro da história. "Muito incrível a abrangência de um trabalho como este. Não sabíamos no início da novela a dimensão da parceria que se formaria com o comendador, a partir de tantas histórias e andanças vivenciadas", avalia.

Nascido em Montevidéu, no Uruguai, o ator revela de onde tirou inspiração para compor a amizade com o milionário. "Em relação a essa parceria, eu tenho um irmão que a vida e as andanças me deram, da minha adolescência em Montevidéu, Antônio Martyniuk. Passamos poucas e boas juntos, e me inspirei nessa relação", confessa.

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Ator relembra amizade com Alexandre Nero e torce por dobradinha

Fiel ao comendador, o personagem de Roberto Birindelli era capaz até de cometer crimes pelo patrão. "Josué é motorista, consultor, guardador de todos os segredos... Pode defender, até matar, pelo comendador", analisa. "Aguinaldo [Silva] define Josué como FAC TOTUM, um faz tudo do comendador", complementa.

O ator fala com carinho da convivência com o protagonista na época em que a novela foi ao ar pela primeira vez, em 2014. "Alexandre Nero é um cara super generoso. A parceria não tinha como não ser legal! Pensa que a gente convivia diariamente durante horas, passando pelo cansaço, risos, frustrações, dificuldades e, de vez em quando, alguma cervejinha também", entrega.

Feliz com o retorno de Império, Birindelli está adorando poder rever um trabalho que, para ele, serviu de grande lição. "Império foi um baita aprendizado, da dinâmica de gravação, da generosidade da equipe toda. Da compreensão e como nos ajudávamos uns aos outros", recorda. "Sempre recebia mensagens nas redes sociais de quando essa novela voltaria à telinha. Muito legal rever essa história no momento tão diferente em que estamos passando", diz. 

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O próximo trabalho de Birindelli na Globo será em Nos Tempos do Imperador, novela das seis ainda sem data de estreia. Para dar vida ao General Solano López, o ator teve treinos de montaria e de armas. "Pratiquei esgrima vários anos, isso não vai ser complicado", completa a lista.

O personagem de Roberto aparece logo no primeiro capítulo e retorna nos últimos quatro meses da trama, quando a obra aborda a Guerra do Paraguai. "No Paraguai ele é chamado de Mariscal (Marechal)", adianta o ator.

"As cenas do primeiro capitulo já estavam gravadas antes da pandemia e está planejado, a princípio, eu voltar às gravações em breve", ressalta. "Vi que estão tomando todos os cuidados possíveis em relação à COVID", se refere às gravações durante a pandemia.

"Tenho lido muito da história e suas versões, tendo em vista que cada país tem sua própria narrativa. Sigo o que estudei na escola, no Uruguai, e também os pontos de vista brasileiro e paraguaio, obviamente conflitantes", explica.

Com Alexandre Nero também no elenco, Birindelli torce para que os dois se cruzem no set de novo. "Nero faz parte do elenco da novela como Tonico Rocha, que é o vilão da história. Não tenho certeza sobre contracenarmos, pois nem todas as cenas já foram escritas. Tomara que consiga trabalhar de novo com Nero", torce.

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O Uruguaio termina a entrevista falando sobre sua vinda para o Brasil. "Em 1978, a situação em Montevidéu era crítica. Sem perspectivas nem um ambiente um pouco livre e acolhedor. Meus pais pensavam em mudar para Buenos Aires ou São Paulo. No fim, Porto Alegre foi a opção, em função das semelhanças culturais", fala.

"Os primeiros anos no Brasil foram bem duros, até em questão de subsistência. Sofri muito na escola por não falar a língua. Depois, nos grupos de artistas, isso foi se diluindo", alega.

E conclui: "Cheguei sem saber falar uma palavra em português, mas tenho certa facilidade com línguas. No ano seguinte, meu portunhol já estava aceitável. Depois de dois anos, havia apenas um leve sotaque. O Uruguai tem raízes europeias, tanto de valores comportamentais, sociais, como culturais. As referências no Brasil são mais norte-americanas. Não saberia dizer de que sinto saudades. Talvez, minhas referências já sejam daqui".

 

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