Solução?

União de clubes deve mudar negociações dos direitos de transmissão do Brasileirão

Medida pode facilitar as conversas entre os clubes e as empresas de comunicação


Partida de futebol entre Fluminense e Flamengo. Felipe Melo e Arrascaeta dividem a bola
Clubes podem criar uma única liga - Foto: Reprodução

Os rumos das negociações dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de 2025 a 2029 estão prestes a passar por uma reviravolta significativa. Os presidentes dos clubes de futebol analisam uma proposta que busca unificar as ligas Libra e Forte Futebol e União, atualmente em lados opostos na tentativa de estabelecer uma liga independente.

Segundo informações do GE, o documento contendo a proposta foi entregue na semana passada, e agora os times se dedicarão a debater o tema nos próximos dias. A intenção por trás dessa iniciativa é que todos os clubes estejam reunidos em um mesmo bloco, permitindo uma negociação conjunta dos direitos de exibição do torneio, que é o mais importante no cenário do futebol brasileiro.

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A aprovação da Lei do Mandante, em 2020, trouxe uma mudança significativa na forma como os clubes brasileiros podem negociar as transmissões de seus jogos. Agora, têm a liberdade de acordos individuais para as partidas em casa. Anteriormente, os jogos só poderiam ser transmitidos se ambos os clubes concordassem, obrigando a venda conjunta das cotas de televisão.

Desde a aprovação da Lei do Mandante, houve uma descentralização nas transmissões do futebol brasileiro, especialmente nos estaduais. No entanto, o Campeonato Brasileiro ainda não entrou na Lei do Mandante, pois os clubes já haviam firmado contrato com o Grupo Globo antes da lei entrar em vigor. Com o término deste contrato neste ano, a emissora já está em negociações com os times para um novo acordo.

A possibilidade de duas ligas distintas geraria a necessidade de negociações com ambos os blocos, ou até mesmo individualmente com alguns clubes, complicando as conversas para empresas de mídia.

Caso os dois grupos se unifiquem, as negociações se tornam mais centralizadas, facilitando acordos para emissoras de TV aberta, fechada e pay-per-view.

A cota de TV no Brasileirão

A cota de televisão é, atualmente, a principal fonte de receita dos clubes brasileiros. Se ocorrer a unificação, o dinheiro pago pelas empresas vencedoras para transmitir os jogos será dividida em 85% para a Série A e 15% para a Série B.

Do valor destinado à primeira divisão, 45% seriam divididos iguais para todos os times, enquanto 30% seria para performance e 25% conforme apelo comercial.

A performance é a classificação do clube nas temporadas 2025, 2024 e 2023, oferecendo aos clubes mais estabilidade financeira.

Já o apelo comercial será baseado na audiência divulgada pelo Ibope tanto na TV aberta quanto na fechada. No streaming, a análise será feita pela soma de público a cada minuto.

A expectativa é que a decisão sobre a unificação, ou não, seja tomada nos próximos dias, definindo assim os rumos das transmissões do Brasileirão nos próximos anos.

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