Crise

Presidente da Band diz que "doeu" demitir na pandemia

Johnny Saad explica contenção de gastos para manter emissora de pé


Johnny Saad, presidente da Band
Johnny Saad, presidente da Band (Foto: Reprodução/Band)

Presidente da Band, Johnny Saad se pronuncou aos funcionários do grupo nesta sexta-feira (18). No dia em que a televisão brasileira completa 70 anos, o executivo comentou as mudanças na estrutura da empresa para se adequar à crise financeira provocada pela pandemia de coronavírus.

Aos colaboradores do Grupo Bandeirantes, Saad admitiu ter "doído" demitir profissionais para reduzir gastos. Entre as medidas de contenção de despesas, está a unificação de TV, rádio e internet e o enxugamento da alta cúpula.

"A Band teve que se reestruturar, reduzir seus custos. O nosso faturamento caiu como o de todo mundo, do bar às indústrias. Tivemos que nos readaptar. Começamos com uma orientação minha: cortar a cúpula. Basicamente, o quarto andar hoje está vazio. Sobraram eu e o vice-presidente executivo, André Aguera. Quebramos todas as verticais e unificamos o grupo. Juntou TV, rádio, TV por assinatura", explicou o presidente da Band.

"Ao longo dessa travessia da Covid-19, nenhum de nós deixou de vir e trabalhar. Lógico, quem é mais velho, quem tem algum problema de saúde não estava conosco. Perdemos companheiros, sentimos muito a falta deles, mas não deixamos de trabalhar e não ficamos só batendo ponto", prosseguiu Saad, que se manifestou sobre as demissões.

"Dá medo, dá frio na barriga. Passo também noites sem dormir quando dou de cara com os números todos os dias. Tivemos que passar por reduções de custo, colegas de que gosto, gente que gosto, admiro, respeito, tendo que sair. Tudo isso dói, dói muito mesmo, mas não tem o que fazer. O barco tem que estar flutuando e nós todos temos que estar dentro dele, por isso a Band nunca atrasou o salário de vocês", afirmou.

Para o executivo, as medidas tiveram resultado satisfatório: "A gente vê concorrente tomando susto com a Band e tomando baile. A Band vai sair mais forte do que entrou nessa crise, podem ter certeza disso".

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