Por que analistas dizem que Netflix venceu a corrida do streaming
Netflix nada de braçada

Publicado em 19/03/2025 às 05:27,
atualizado em 19/03/2025 às 10:38
Streaming número 1 do mundo, a Netflix está aumentando seu gasto com conteúdo original ao passo que aprimora a publicidade para os assinantes. Analistas da MoffettNathanson, instituto de pesquisa de Nova Iorque, esperam que a margem operacional da empresa atinja 40% até 2040. A melhor do ramo.
A partir daí, haveria mais espaço para crescer. A Netflix almeja uma margem de 29% para este ano em comparação com os 26,7% do ano passado. As estimativas sobre sobre ela nunca estiveram tão altas, como mostrou uma reportagem da Variety.
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"A Netflix venceu as guerras de streaming. Caso encerrado", escreveu o instituto liderado por Robert Fishman, em nota. A previsão é que ela consiga gerar mais de US$ 6 bilhões em receitas de anúncio em 2027 e quase US$ 10 bilhões até 2030.
"O plano com anúncios apresenta opção de menor custo para assinante. O preço do premium estava se tornando um exagero. Agora, existe novos assinantes em potencial em um ponto de entrada mais baixo. Esses assinantes podem ser monetizados de maneira mais eficaz com a adição de publicidade."
Instituto sobre planos da Netflix
Netflix deve crescer em plano mais caro
Na outra ponta, a Netflix também deve crescer mais. Nos Estados Unidos, ela ganhou 40 centavos de dólar de receita por hora assistida, menos que os 87 da Paramount+ ou 86 da Max.
Assim como no Brasil, a assinatura ficou mais cara também na Terra do Tio Sam. O plano sem anúncios por lá saltou de US$ 15,49 para US$ 17,99, considerado caro. Mas há espaço para cobrar mais, garantem.
Analistas afirmam que como a Netflix possui mais conteúdo, gera um engajamento mais alto, levando a mais assinantes e possivelmente melhor poder de precificação. "Este é o poder duradouro da vantagem de ser pioneiro do streaming", escreveram.
Netflix tem acréscimo de assinantes
No último trimestre de 2024, a empresa registrou 18,9 milhões de novos assinantes. No período, a receita aumentou em 16% em relação ao mesmo período ao ano anterior.
Ao contrário dos concorrentes, não concede promoções. Preços com descontos podem gerar desvantagens a longo prazo, como já revelou Patrick Campbell, da Price Intelligently, de um software de assinaturas nos Estados Unidos.
Uma delas é o cliente ter uma menor disposição no futuro para pagar mais. Com os gordos descontos, ele percebe que talvez a assinatura não valha aquilo que esteja sendo cobrado, já que viu o patamar das cifras ofertadas mais baixo.
Outra é a onda de cancelamento assim que o preço volta ao "normal". Para o especialista, a empresa acaba treinando - sem querer - sua base de clientes para desvalorizar o produto desde o início.