Preocupação

Possível fusão entre Fox Sports e ESPN gera tensão por demissões de funcionários

Há temor nos corredores dos canais pagos esportivos


Fox Sports e ESPN Brasil
Disney deve fundir Fox Sports e ESPN Brasil

Na última quarta-feira (13), o vice-presidente sênior e chefe de conteúdo oficial dos canais Fox, Eduardo Zebini, anunciou internamente que o Fox Sports pode se fundir com a ESPN Brasil. A informação surpreendeu os funcionários e, ao mesmo tempo, preocupou, pois caso ocorra a junção das duas emissoras esportivas, demissões irão acontecer.

Diferentemente dos desligamentos de outros canais – alguns estão demitindo por conta da crise econômica no Brasil –, a empresa não suportaria os funcionários de duas, o que obrigatoriamente teria que realizar cortes em quase todos os setores, desde equipe técnica até comentaristas.

O clima é de tensão não apenas no Fox Sports mas também na ESPN. Já circula nos bastidores que a Disney irá mesclar os profissionais, demitindo um pouco de cada canal, buscando deixar os que mais estão adequados a política da companhia.

Por conta disso, a palavra é que todos mantenham o profissionalismo e se dediquem ao máximo. Diretores dos dois canais, principalmente do Fox Sports, têm tentado fazer com que todos os contratados se sintam motivados e há uma tentativa de blindar as questões burocráticas da alta cúpula dos que não estão envolvidos na questão da junção.

Só que não há qualquer lista de cortes de profissionais, porque a preocupação maior dos executivos é que a fusão ocorra. Para isso, o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) terá que reavaliar o processo e dar o aval para que o negócio seja sacramentado.

Esforço da Disney para vender o Fox Sports

Após adquirir grande parte do conglomerado da 21st Century Fox, a Disney foi ordenada a vender o Fox Sports porque ela já é proprietária dos canais ESPN, ou seja, a empresa não poderia ter tamanha concentração de conteúdo esportivo em seus negócios.

A companhia então ofereceu ao mercado a emissora esportiva, mas enfrentou dificuldades, uma vez que ninguém esteve disposto a desembolsar o que foi pedido. Para não entrar em conflito com o órgão, a Disney diminuiu a pedida, só que mesmo assim ninguém se interessou pela compra.

Com o prazo esgotado, o CADE considerou que houve esforço por parte da Disney para fazer a venda e entendeu que a crise econômica foi a principal responsável para que o negócio não acontecesse.

Agora, o órgão analisará o caso e deve responder em até 45 dias para saber quais os próximos passos que a Disney deverá tomar. Com uma possível revisão do modelo da operação da fusão, a resposta final ficará apenas para o ano que vem.

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