Caso Klara Castanho: Hospital é condenado a pagar indenização de R$ 200 mil
Justiça puniu unidade de saúde por divulgar informações da atriz
Publicado em 20/03/2024 às 19:40
A Justiça condenou o Hospital e Maternidade Brasil, administrado pela Rede D'Or, a pagar uma indenização de R$ 200 mil para Klara Castanho. A condenação é resultado de um caso que aconteceu em 2022, quando funcionários da unidade de saúde localizada em Santo André, em São Paulo, vazaram para a imprensa a informação de que a atriz havia engravidado e entregado o bebê para adoção.
Na decisão divulgada pelo portal Em Off, o desembargador Alberto Gentil de Almeida Pedroso afirmou que houve violação dos "direitos da personalidade da vítima". Para ele, o valor indenizatório é "suficiente para reparar o sofrimento da autora e servir de alerta ao réu em relação à custódia e manuseio de informações pessoais sigilosas".
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Quando a notícia veio à tona, em junho de 2022, Klara Castanho revelou que foi abordada por uma enfermeira na sala de cirurgia de um hospital. "Ela fez perguntas e ameaçou: 'Imagina se tal colunista descobre essa história'", contou a famosa, que também disse ter recebido mensagens do mesmo jornalista.
Uma investigação feita com base em um desabafo que a artista publicou nas redes sociais, conduzida pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), chegou à conclusão de que não houve "a participação de nenhum profissional de enfermagem" no vazamento das informações e o caso foi arquivado. Ela, porém, seguiu com as medidas judiciais.
Klara Castanho foi estuprada
Quando seu nome estava sendo envolvido em fofocas, Klara Castanho usou as redes sociais para publicar uma carta aberta e confirmou que havia engravidado e entregado o bebê para adoção. A atriz revelou, porém, que a gestação havia sido fruto de um estupro.
"Tive muita vergonha, me senti culpada. Tive a ilusão de que, se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu não esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu", lamentou.
A famosa contou que foi vítima de chantagem por parte de uma enfermeira, que ameaçou divulgar tudo para um jornalista. "Eu ainda estava sob o efeito da anestesia. Eu não tive tempo de processar tudo aquilo que estava vivendo, de entender, tamanha era a dor que eu estava sentindo. Eu conversei com ele, expliquei tudo o que tinha me acontecido. Ele prometeu não publicar", pontuou.
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