Klara Castanho quebra o silêncio e vai ao Altas Horas falar sobre estupro e gravidez
Atriz falou sobre tudo que sofreu no ano passado
Publicado em 03/03/2023 às 09:25,
atualizado em 03/03/2023 às 09:41
Klara Castanho escolheu o Altas Horas para falar mais abertamente sobre o estupro que sofreu e a consequência da gravidez. "Foi um período de recolhimento voluntário depois de tudo o que aconteceu no ano passado", desabafou em uma edição que vai ao ar no próximo sábado (4).
A informação antecipada pelo jornal O Globo afirmou que a plateia ficou emocionada e contou ainda com a ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, a jornalista Sandra Annenberg e a ex-BBB Tina Calambra.
"Depois que vim a público, de novo, de forma forçada , eu denunciei todos os crimes aos quais fui submetida. Todos, sem nenhuma exceção. E o que me resta neste momento, e ainda bem, é confiar na Justiça e eu confio muito. Não só na Justiça, mas numa Justiça maior."
Klara Castanho escolheu Altas Horas por acolhimento
De acordo com Serginho Groisman, Klara Castanho optou pelo seu programa pelo acolhimento que ele permite. "Falou sobre como foi forçada a expor sua vida privada e fez uma reflexão muito madura sobre as redes sociais", disse.
Anteriormente, ela havia falado ao TV Fama e agradecido aos fãs. "Eu não posso reclamar, eu tenho uma rede de apoio muito maravilhosa, eu tenho pessoas muito maravilhosas ao meu redor. As pessoas que estão comigo são as que me receberam e me acolheram muito. Eu sempre tive ajuda profissional. Então, foi só agregar o que já estava acontecendo", explicou ela. há duas semanas.
Relembre o caso Klara Castanho
Em junho do ano passado, Klara Castanho viu seu nome envolvido em uma polêmica e fez uma carta aberta contando que foi estuprada, engravidou e decidiu entregar o bebê para adoção. "Fui estuprada. Relembrar esse episódio traz uma sensação de morte, porque algo morreu em mim. Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família nem dos meus amigos", revelou ela.
"Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu. As únicas coisas que eu tive forças para fazer foram: tomar pílula do dia seguinte e fazer alguns exames", disse, em outro trecho do texto, afirmando que apenas sua família sabia do ocorrido.
Meses depois, ela começou a se sentir mal e descobriu a gestação já em estágio avançado. "Foi um choque, meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso nem barriga", lembrou ela.
Sobre a adoção, ela explicou: "Tudo que eu fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança. Cada passo está documentado e de acordo com a lei. A criança merece ser criada por uma família amorosa, devidamente habilitada à adoção, que não tenha lembranças de um fato tão traumático".
A atriz ainda repudiou o vazamento da história. "O fato de eles saberem mostra que os profissionais que deveriam ter me protegido em um momento de extrema dor e vulnerabilidade, que têm a obrigação legal de respeitar o sigilo da entrega, não foram éticos, nem tiveram respeito por mim nem pela criança", cravou ela.
