Médico explica

Guta Stresser e Renata Capucci: É possível viver bem com doenças degenerativas?

O NaTelinha conversou com um neurologista para entender melhor sobre os casos da atriz Guta Stresser e da jornalista Renata Capucci


Montagem com fotos de Guta Stresser e Renata Capucci
Guta Stresser e Renata Capucci: nas últimas semanas, atriz e jornalista revelaram seus diagnóstico - Foto: Reprodução/Globo
Por Daniele Amorim, com Daniel César

Publicado em 28/06/2022 às 22:33,
atualizado em 28/06/2022 às 22:33

Nas últimas semanas, Guta Stresser e Renata Capucci e revelaram publicamente que foram diagnosticadas com doenças degenerativas. A atriz detalhou como está sua vida após a descoberta da esclerose múltipla, e a jornalista explicou que convive com a doença de Parkinson há quatro anos. As duas patologias são consideradas degenerativas porque comprometem funções do indivíduo aos poucos e de maneira irreversível. No entanto, é possível viver bem quando há tratamento adequado e apoio multidisciplinar. 

Em entrevista ao NaTelinha, o neurologista do Hospital Badim, Thiago Aguiar Rodrigues, deu detalhes sobre as duas doenças. No caso de Renata, por exemplo, ela poderá ter tremores, rigidez, lentidão dos movimentos e desequilíbrio. "Portanto, artistas que necessitam de destreza e habilidades físicas terão um prejuízo considerável em seu desempenho. Gradativamente, vai se tornando mais difícil se locomover e manipular objetos, por exemplo", pontua o especialista. 

Já na situação de Guta, a esclerose múltipla fica mais acentuada no paciente por meio de "surtos", ou seja, sem obedecer a uma regra de periodicidade. "A cada novo 'surto' da doença, funções neurológicas importantes podem ser afetadas, como por exemplo a visão, os movimentos de membros, o equilíbrio, o raciocínio e a memória", lembra Rodrigues. 

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A vida apesar do diagnóstico 

Apesar dos sintomas parecerem assustarem para quem é leigo no assunto, o neurologista reforça que é possível, sim, viver bem na medida do possível com o diagnóstico de esclerose múltipla: "É grave, mas sua agressividade é variável. São necessários o acompanhamento por toda a vida, o uso regular de medicações e o atendimento hospitalar rápido em caso de novo surto para atenuar a sua gravidade", ressalta o médico, sobre o caso da ex-atriz da Globo. Em entrevista ao Fantástico neste domingo (26), Guta revelou que conseguiu seus medicamentos por meio do SUS já que eles são de alto custo. 

No caso de Renata, o tratamento médico também é a melhor forma para que o paciente tenha uma vida confortável.  "Alguns pacientes com a doença de Parkinson sentem vergonha dos seus sintomas, principalmente dos tremores nas mãos. Isso, certamente pode provocar danos psicológicos também. Existe reconhecidamente uma associação entre a patologia e a depressão. Se uma pessoa é acometida em idade precoce, pode ter sua carreira abreviada, sim. No entanto, há tratamentos disponíveis que podem prolongar significativamente seu tempo produtivo, é importante não se entregar à doença", finalizou Thiago Rodrigues.

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