Confusão

Após fechar fila para velório de Maradona, polícia entra em confronto com fãs

Houve muita correria em Buenos Aires


Foto montagem do confronto da polícia e fãs de Maradona e o caixão do ídolo argentino
Polícia e fãs de Maradona entraram em confronto - Foto: Montagem

Policiais e admiradores de Maradona (1960-2020) entraram em confronto por volta das 14h desta quinta-feira (26) nas proximidades da Casa Rosada, local onde está ocorrendo o velório do ídolo argentino. A família do ex-jogador quer encerrar a cerimônia até às 16h e os agentes da segurança pública decidiram fechar a fila na Avenida 9 de Julho para que o corpo deixe o espaço sem confusão. Tal atitude causou revolta da multidão que tentava chegar ao local da despedida de Diego.

Os policiais iniciaram o processo de dispersar os fãs que estavam em uma extensa fila – que atingiu cerca de 25 quarteirões de Buenos Aires – e os torcedores passaram a jogar objetos por não conseguirem ficar próximos da sede do governo. A polícia não se intimidou e fez um cordão de isolamento com escudos, além de usar gás lacrimogêneo. Houve também balas de borracha contra a multidão.

Com a confusão armada, aconteceu muita correria, principalmente na Avenida de Mayo. Grades foram jogadas no chão, várias pessoas se afastaram da briga e os policiais conseguiram controlar o conflito. Entretanto, houve quem se aproveitou do momento para furar fila.

A previsão é que o velório de Maradona acabe por volta das 16h e o caixão em que está o corpo do ídolo passe pelas ruas de Buenos Aires rumo ao cemitério. A intenção da família é que os fãs do ex-jogador deem o último adeus e possam saudar um dos maiores atletas do mundo.

Já na porta da Casa Rosada e no palácio do governo argentino, a polícia conseguiu manter a organização após o conflito no início da cerimônia. O jornal Olé relatou que houve confusão no início da abertura dos portões e até entre os fãs de Maradona e policiais, que chegaram a se esconder no local do evento. Uma pessoa teria ficado ferida.

O caixão de Maradona está fechado e coberto por uma bandeira da Argentina e duas camisas: da própria seleção argentina e do Boca Juniors, clube onde era ídolo. O craque batia ponto no estádio La Bombonera para ver o clube de coração.

A morte de Maradona

Após fechar fila para velório de Maradona, polícia entra em confronto com fãs

No início do mês, Maradona chegou a preocupar os fãs quando foi internado às pressas com sintomas de anemia. Os médicos descobriram uma pequena hemorragia no cérebro e o ex-jogador passou por uma cirurgia para drená-la. Depois de quase 10 dias de internação, recebeu alta em 12 de novembro e estava em casa, no bairro de San Andrés, em Buenos Aires, quando começou a passar mal e sofrer uma parada cardiorrespiratória.

O jornal Clarín, primeiro a noticiar a morte, lamentou em artigo publicado por Mariano Verrina: "O inevitável aconteceu. É um tapa emocional e nacional. Um golpe que reverbera em todas as latitudes. Um impacto mundial". Famosos também lamentaram a morte do craque.

Revelado pelo Argentinos Juniors, Maradona foi campeão mundial com a Argentina na Copa de 1986 e ficou eternizado pelos gols que marcou pela seleção, incluindo um de mão, que foi apelidado de "a mão de Deus".

O argentino era tido como um dos maiores jogadores da história do futebol mundial ao lado de Pelé. Ele começou sua carreira no Argentinos Juniors em 1976 e teve 21 anos de carreira como jogador de futebol, com passagens importantes por Boca Juniors, Barcelona, Napoli e Sevilla.

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