Opinião

Todas as Flores chega ao fim surpreendendo o mercado

Coluna assinada pelo escritor e roteirista Silvio Cerceau


Cena da novela Todas as Flores do Grupo Globo
Todas as Flores foi produzida para o Globoplay - Foto: Reprodução/Globoplay
Por Silvio Cerceau

Publicado em 31/05/2023 às 09:21,
atualizado em 31/05/2023 às 09:40

Com resultados excelentes, um bom engajamento e grande satisfação da emissora, equipe e público, a novela Todas as Flores chega ao fim nesta quinta-feira (01) e terá seu último capítulo exibido em tempo real no Globoplay, antes de ser disponibilizado definitivamente.

Como eu já falei, a obra foi uma aposta insegura da Globo para o streaming. Antes, tinha previsão de ir ao ar na TV aberta, na vaga que Travessia (2022) ocupou, no entanto, a aposta deu muito certo, João Emanuel Carneiro cumpriu a missão de contar uma boa história e nos trouxe uma trama instigante.

Era impossível parar de ver, era impossível não contar os dias para a liberação dos novos blocos e capítulos. Volto a dizer que Todas as Flores é do mesmo nível de Vale Tudo (1988), um novelão que deixará saudades.

Abriu caminho e deu coragem à emissora e aos streamings de produzir folhetins exclusivamente para as plataformas, e há muito tempo eu não via uma novela tão boa assim.

A ideia de um folhetim reduzido 85 capítulos funcionou muito bem, a história foi contada de uma maneira redonda, sem enrolações,  a cada capítulo tudo se resolvia  e se criava ótimos ganchos. Todas as tramas foram bem contadas e exploradas, folhetim a moda antiga embora o ritmo mais acelerado, com cenas picantes de sexo. Destaco uma entre Vanessa e Pablo, onde vemos Caio Castro apenas de cueca mostrando seu belo corpo e a atriz Letícia Colin jogando champanhe sobre ele, cena forte e comedida, interessante de se ver.

Regina Casé foi o grande destaque em Todas as Flores

Todas as Flores chega ao fim surpreendendo o mercado

Cenas fortes como a morte e o enterro de Galo, interpretado pelo talento de Jacques Antunes,  o embate final entre Humberto vivido por Fábio Assunção e sua amante Zoé.

Todas as Flores nos fez voltar a torcer pelos amores proibidos e difíceis, neste caso o amor de Mauritânia (Thalita Carauta) pelo jovem Javer (Jhona Burjack). Sentimento atormentado pela sua filha mau caráter, enredo que rendeu cenas de sedução e sensualidade, os dois atores brilharam e tiveram química.

O elenco estava afinado. Destaco Susy Rêgo, Nicolas Prattes, Cássio Gabus Mendes, Barbara Reis, Yara Charry, a participação gigante de Ana Beatriz Nogueira, Mariana Nunes como Judite foi uma composição bem curiosa. O núcleo da Gamboa também brilhou, uma mistura de humor rasgado com o drama de uma família nada tradicional e boas atuações de Xande de Pilares e Mumuzinho.

Não posso deixar de destacar o talento dos protagonistas Humberto Carrão, na pele do mocinho Rafael, e Maira papel bem direcionado para Sophie Charlotte, que conseguiu compor bem a mocinha da história.

O grande destaque é para Regina Casé, que brilhou na pele da desumana Zoé, que personagem maldita. A interpretação de Casé é tão sensacional que cheguei a ter dó da vilã quando foi presa por Vanessa. Regina veio de um papel marcante em Amor de Mãe, a mãezona dócil, e a grande expectativa seria como ela viveria essa vilã implacável. A surpresa foi vê-la no vídeo totalmente entregue de corpo e alma à personagem.

Silvio Cerceau

Enfim, não há como não elogiar a novela, produção, elenco e até a trilha sonora, tudo primoroso. Todas as Flores surpreendeu a todos e cumpriu seu papel com perfeição.

Vamos aguardar o final dessa história.

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