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Ágil, mas sem atropelos: a empolgante estreia de "Topíssima"

"Topíssima" marca a volta da Record na produção de novelas contemporâneas


Cena de Topíssima
Camila Rodrigues e Felipe Cunham protagonizam "Topíssima" - Reprodução/Record TV

"Topíssima" estreou na noite desta terça-feira (21) na Record e marcou a volta da emissora às novelas contemporâneas depois de cinco anos.

Com texto de Cristianne Fridman e direção de Rudi Lagemann, o primeiro capítulo se mostrou dinâmico, com assassinato, casamento arruinado, acidente de carro, prisão, sequestro, perseguição, fuga, dose de humor, suspense. Um exemplo de agilidade sem cair na afobação.

O início da trama optou por dar uma narrativa um pouco diferente daquela que estamos acostumados. "Topíssima" começou seis meses à frente de seu curso com Sophia (Camila Rodrigues) caminhando com a roupa suja de sangue depois de ver sua mãe, Lara (Cristiana Oliveira) morta com uma facada pelas costas.

Com boas tomadas acompanhando a protagonista, esse foi o grande ponto de partida da história.

Abusando de imagens aéreas ressaltando a beleza do Rio de Janeiro, como não poderia deixar de ser, o primeiro capítulo também abusou do "congelamento" em meio as cenas. Não foram raras as vezes que entre um suspense e outro, a imagem simplesmente parasse no intuito de fazer o telespectador embarcar no clima.

Apesar de ter um elenco bastante notável, "Topíssima" teve atuações aquém do esperado, como do próprio protagonista, Felipe Cunha, que ainda não convenceu na pele do taxista Antônio, que é acusado e questionado por um crime que não cometeu.

Ágil, mas sem atropelos: a empolgante estreia de \"Topíssima\"

Aline Riscado, ex-bailarina do "Domingão do Faustão" e famosa por estrelar campanha para uma marca de cerveja, se mostrou extremamente crua e despreparada para um papel que exigia certa responsabilidade. Afinal, ela era a esposa que traiu e descobriu que o amante Pedro (Felipe Cardoso) é um traficante. Emoção zero.

Já Camila Rodrigues tomou o primeiro capítulo para si e não te se tem grandes dúvidas da atriz que é. Percorrendo do humor ao drama, não há dúvidas que se sairá bem.

Cristiana Oliveira e Eri Johson, este como Pierre, também merecem destaque pelo desafogo cômico que todo folhetim precisa.

A estreia sem dúvidas foi empolgante pelo número de acontecimentos que reuniu e pela quantidade de perguntas que deixou no ar entre os personagens e também para o público, mas os diálogos, por vezes sofríveis, atrapalhou o andamento do capítulo, como em uma das cenas chaves onde o casal protagonista se encontra após um acidente de carro.

A falta de desenvolvimento de bons diálogos que contenham um pouco mais de coesão e estrutura, preocupam se formos pensar a longo prazo, já que a novela tem pelo menos seis meses de duração e capítulos de uma hora bruta.

Fridman, no final das contas, conseguiu criar situações dramatúrgicas sem cair no escapismo.

A Record volta a apostar em novelas contemporâneas e mostra porque nunca deveria ter abandonado esse filão.

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