Coluna do Sandro

CNN Brasil vem ajudando a GloboNews a ser melhor

Novo canal de notícias completa três meses no próximo dia 15


Heraldo Pereira comando o Jornal das 10 na GloboNews
Divulgação/GloboNews

CNN Brasil completa no próximo dia 15 três meses da sua operação no país e ainda tendo que percorrer um logo caminho para ameaçar a liderança da GloboNews dentre os canais de notícias. Além disso, foi benéfica para a TV de jornalismo do Grupo Globo a entrada do novo concorrente.

A GloboNews ampliou seus telejornais e passou a exibir quase 21 horas de programação ao vivo de segunda a sexta, aumentou seu time de comentaristas e conseguiu ganhar a agilidade do rádio na informação. Para noticiar os acontecimentos de última hora estreou a vinheta "Urgente" na programação para fazer frente ao formato "Breaking News" da CNN. Sem cerimônias, copiou o carro-chefe da "maior do mundo" e trouxe o debate de pensamentos antagonistas para sua grade.

Outro ponto importante: nas últimas semanas conseguiu superar aquilo que seria, até então, insuperável na disputa jornalística com a CNN diante da sua estrutura, que é a cobertura de fatos internacionais. O canal de notícias da Globo surpreendeu ao exibir ao vivo as manifestações contra o racismo nos Estados Unidos com repórteres in loco. Enquanto isso, a CNN Brasil exibia VTs de programas com temáticas que estavam dissonantes com o momento.

Por tudo isso, além do telespectador, quem mais vem ganhando com a concorrência da CNN Brasil é a própria GloboNews. Hoje, o canal de notícias do Grupo Globo continua líder e muito melhor que antes da estreia da filial brasileira da CNN.  Trocar de canal fica cada vez mais difícil.

CNN Brasil completa três meses no ar

CNN Brasil vem ajudando a GloboNews a ser melhor

Nesses três meses, a CNN Brasil tem pontos positivos como a repercussão da entrevista da Regina Duarte e ter aberto o espaço para longas entrevistas com políticos que estejam em evidência. Porém, convidar para debates personalidades que propagam que a terra é plana, pessoas envolvidas com ataque terroristas e outras que negam que a Covid-19 seja uma pandemia, em nome da pluralidade, é um grande desserviço ao jornalismo. Lamentável.

Além disso, nesse início de operação no Brasil, a CNN vem tendo sua isenção questionada a todo o momento. Após seus diretores pedirem benção para sua estreia à Bolsonaro, no Palácio do Planalto, sua cobertura vem sendo apontada com mais benevolente ao presidente. Aliás, a qualidade das suas últimas exclusivas como a denúncia a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), estranhamente (ou nem tanto) compartilhada com a Record, e a entrevista de lideres do antifas, precisam ser deletadas dos seus arquivos. Exemplos constrangedores.

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