Coluna do Sandro

Rodrigo Faro encerra 2019 enfrentando baixo Ibope e crise de imagem

Apresentador precisará refletir sobre seu futuro na televisão


Rodrigo faro chora em homenagem a Gugu
Rodrigo faro chora em homenagem a Gugu - Reprodução/Record

Rodrigo Faro não terá saudades de 2019. Neste ano, ele não conseguiu manter-se à frente na audiência de Eliana, do SBT, sua principal concorrente no horário, e enfrenta uma preocupante crise de imagem, desde que apareceu no Hora do Faro perguntando sobre os números de audiência do programa enquanto chorava pela morte de Gugu.

Sendo apontando com um dos grandes talentos revelados na TV nos últimos tempos, 2019 para Faro foi um desvio do rumo. Seu dominical se distanciou, cada vez mais, do entretenimento e passou a apostar em pautas sensacionalistas e assistencialistas que lembram os velhos tempos de Ratinho.

Quem está na Record e tem o hábito de tirar a soneca da tarde depois do almoço, adormece durante Geraldo Luís e acorda com Rodrigo Faro e nem percebe que a programação mudou. A sensação que se tem é que parece um único programa. Um chororô contínuo e sempre a variação da mesma história.

Até quando Rodrigo Faro visita um artista, flertando com um conteúdo de entretenimento, existe uma clara tentativa da sua produção de pesar um pouco mais na mão. O bingo é transformar em drama uma história de superação no inicio de carreira. É o momento do choro.

Em outubro, o humorístico Choque de Cultura, da Globo, fez piada com o estilo da atração da Record. "O programa do Luciano Huck não tem praticidade. É entretenimento. Cê quer praticidade? Vai no Rodrigo Faro, cê pega tua casa, chora e vai embora!”, disse Rogerinho do Ingá (Caito Mainier).

Nas redes sociais, a cada domingo, aumentam a quantidade de críticas direcionadas a atração da Record que, de forma natural, acabam respingando na imagem e na aceitação de Faro como apresentador. Isso pode ter consequências em seu bolso, vale lembrar que o mercado publicitário é muito atento ao movimento da segunda tela.

Outro problema é o Ibope. Apostando nesse conteúdo de gosto duvidoso, a audiência de Rodrigo Faro já não possui o mesmo fôlego nas tardes da Record. Diferente de 2018, quando superava com folga Eliana, em 2019, se consolidou em terceiro lugar.

Na disputa do último domingo (01), uma nova derrota. De acordo com a Kantar Ibope da Grande São Paulo, Eliana marcou 8,3 pontos contra 6,4 de média do Hora do Faro.

Crise de Rodrigo Faro piorou com programa para Gugu 

Rodrigo Faro encerra 2019 enfrentando baixo Ibope e crise de imagem

No domingo que comandou a cobertura sobre a morte de Gugu Liberato, Rodrigo Faro foi duramente criticado por seu comportamento no palco. Entre um vídeo e outro sobre a trajetória de Gugu, Faro interrompeu a emoção para perguntar qual era a audiência daquele momento. Uma pergunta normal para um apresentador de TV, mas que foi suficiente para colocar em discussão sua ética sobre ser o momento adequado.

A sensação foi que a homenagem ao Gugu foi um circo montado com a única intenção de conseguir audiência e chamar Faro para o holofote.

Porém, nada está perdido. Rodrigo Faro precisa aproveitar o período de férias e repensar o que ele deseja da sua carreira na TV na busca de recolocar o trem no trilho. O apresentador precisa resolver seu problema de imagem.

Ele tem carisma e ainda tem bom trânsito no mercado publicitário. Porém, seria perigoso um 2020 com os mesmos erros deste ano.

Faro tem qualidades como apresentador que pode ser, sem dúvidas, um grande nome da televisão, mas precisa decidir, definitivamente, se quer ser sucessor de Silvio Santos ou de Jacinto Figueira Júnior.

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