Elefante branco? Simba se pronuncia após artigo, mas não informa sobre novos canais
Confira o comunicado da joint-venture
Publicado em 21/03/2018 às 10:37
Após publicação de análise sobre o primeiro ano da Simba Content, joint-venture formada por Record TV, SBT e RedeTV!, no último domingo (18), a coluna foi procurada por um representante da empresa com resposta à opinião.
Cabe esclarecer que, no dia 1º de fevereiro, entramos em contato com a Simba informando sobre o artigo e com perguntas em torno dos elementos que contextualizavam o título: "Simba Content virou elefante branco para Record TV, SBT e RedeTV!", mas não houve retorno, mesmo com cobrança dias depois.
Somente após repercussão da análise é que a Simba resolveu se manifestar. Entretanto, estranhamente, a posição não veio através de sua assessoria de imprensa, mas sim da agência que criou o conceito, logo e slogan da joint-venture.
Conversando com fontes, a coluna descobriu que a Simba está neste momento sem um profissional exclusivo para lidar com os jornalistas, como já existiu.
Confira o comunicado, reproduzido na íntegra e sem correções gramaticais:
"Simba Content comemora as conquistas do seu primeiro ano de operações e já mira novos objetivos.
Próximo de seu primeiro aniversário, a Simba Content, empresa de conteúdo formada através da joint-venture entre RecordTV, RedeTV e SBT celebra as conquistas inéditas no mercado audiovisual brasileiro.
Carlos Alkimim, Gestor da Simba Content, vê como positivos os resultados deste início da operação e acredita que a força estratégica implantada até o momento vem trazendo grandes conquistas. 'A Simba Content representa hoje um marco na história da televisão brasileira. Conseguimos quebrar velhos paradigmas e fizemos história', disse Carlos Alkimim.
Com 25 anos de experiência no setor de Televisão por Assinatura, tendo passado por empresas como Globosat, Net Brasil, Viacom e TAP Brasil, Carlos Alkimim também já foi membro do Conselho Superior De Cinema (CSC) e do Fórum do Audiovisual e Cinema (FAC), o que demonstra o cuidado da empresa em construir uma base sólida no mercado através da participação de profissionais qualificados.
'Neste momento estamos avançando para outra etapa do projeto', disse Carlos Alkimim. 'A primeira meta, que era conseguir estar presente nas principais operadoras, já foi alcançada. Agora, com o fluxo financeiro dos contratos assinados, estamos concluindo a análise estratégica para a criação e produção de conteúdo que realmente represente o povo brasileiro'.
Clarissa Crespo, responsável pelo Departamento Jurídico da empresa, especialista em Contratos de Conteúdo de TV, acrescenta: 'Nessa nova etapa nossos esforços estão totalmente voltados para a construção de novos canais e produtos que venham a abranger não somente a TV Paga, mas também venham a atender a Lei de Serviço de Acesso Condicionado – SeAC. Estamos dando grandes passos e redesenhando o mercado. E quem ganha com isso é o assinante'.
Alkimim reforça, '...a Simba Content está indo de vento em popa. Quebrou o status quo de décadas, e em menos de 6 meses de negociações iniciaram-se as assinaturas dos contratos com as principais operadoras de TV Paga do país. Hoje todas as grandes operadoras já estão com a Simba Content. As negociações foram um sucesso e o futuro é promissor'".
Ao receber este e-mail, questionamos um prazo para a criação dos primeiros canais da Simba e a resposta foi: "Essas informações comerciais de fato só podem ser tratadas como o Carlos Alkimin e o Conselho, não tenho esses dados para responder".
Este espaço, democrático, continua aberto para a Simba Content e esperamos que da próximos vez os esclarecimentos contenham informações concretas. Meu papel de jornalista cabe questionar: qual o prazo para entrada dos primeiros canais? Qual o endereço da sede da nova empresa? Já possui departamentos e funcionários trabalhando?
Um ano se passou e o mercado quer essas respostas. O resto é enrolação.