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Reprisada pelo Viva, "Torre de Babel" continua forte em 2016

Direto da Telinha


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Reprodução

No ar desde o último dia 10 pelo canal Viva, “Torre de Babel”, polêmica novela de Sílvio de Abreu, ainda continua forte.

Passada a primeira semana da história, extremamente eletrizante e cheia de momentos impactantes, fica difícil de imaginar ela sendo veiculada em sua faixa original, das 21h (no caso dela, 20h45). Não que o conteúdo seja inadequado para o horário, é bom deixar claro. Mas sim analisando o histórico dos últimos títulos da faixa.

Pelo menos nos últimos cinco anos, o horário das 21h não apresentou um início semelhante ao de “Torre de Babel”. Nem mesmo “A Regra do Jogo”, com a facção criminosa, ou “Babilônia”, que foi intensa no seu primeiro capítulo - a despeito do rebotalho que virou - chegaram a ser semelhantes. O começo de "Torre de Babel" lembra bastante as atuais novelas das 23h.

Claro que a trama não é totalmente pesada. Há seus momentos de leveza, com Bina (Cláudia Jimenez) e sua lanchonete, por exemplo. A própria história também suaviza com o tempo. Mas o início é intenso.

Não dá pra determinar se o telespectador regrediu de fato de 1998 pra cá, especialmente porque certos pontos criticados e rejeitados em sua exibição original talvez não dessem o mesmo burburinho se fosse em 2016. C

laro que, a violência familiar, com Agenor (Juca de Oliveira), assim como o crime de Clementino (Tony Ramos) e a invasão da mansão Toledo por traficantes, resultando num assalto violento, ainda chocaria.

Entretanto, outros pontos, como as tramas de Guilherme (Marcello Antony), do casal Leila (Sílvia Pfeifer) e Rafaela (Christiane Torloni) e a da infidelidade de Henrique (Edson Celulari) encontrariam menos resistência do público. De certo que ainda teria reclamações de setores conservadores da sociedade, mas talvez sem a mesma agressividade daquela época.

Parafraseando o mote de lançamento em 1998, “Torre de Babel” continua sendo “forte, verdadeira e emocionante” em 2016.


Diogo Cavalcante é formando em jornalismo. Amante de televisão e apaixonado por novelas, fala sobre o assunto desde 2013. É um dos maiores especialistas sobre Classificação Indicativa na internet.

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