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''MasterChef Júnior'' termina com lição de comportamento para os adultos

A coluna "Enfoque NT" analisa o reality "MasterChef Júnior", da Band


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Lorenzo, o vencedor do "MasterChef Júnior" - Divulgação/TV Bandeirantes
Terminou nesta terça-feira (15), o reality gastronômico “MasterChef Júnior”, da Band.
 
Apesar da diferença de audiência entre a versão do programa para adultos e crianças, a primeira temporada (e única, já que uma segunda foi descartada pela Band) foi muito mais do que uma mera competição culinária.
 
Estreando no dia 20 de outubro, com um total de 20 participantes, os jurados Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin se mostraram mais “doces”, menos severos e mais humanos, já que estavam lidando com crianças. E qualquer palavra mal dita ou num tom arriscado, poderia refletir no comportamento delas.
 
Com esse cuidado, todo o programa ganhou. O “MasterChef” ficou mais lúdico, leve e as crianças deram um banho de comportamento e postura em muitos dos participantes da primeira e segunda temporada para adultos. 
 
 
O altruísmo, o espírito de coleguismo, fair play e união foi absolutamente transcendente e por vezes, até, surpreendeu. Uma verdadeira lição de conduta. 
 
Tudo isso mesclado ao conhecimento dos participantes (que não eram poucos) numa área que não é tão comum crianças terem todas aquelas técnicas e macetes. Até nisso, muitos adultos ficam no chinelo. Participantes, e claro, telespectadores. Inclusive, este que vos escreve. 
 
Os choros
 
Ana Paula Padrão, que até na segunda temporada incomodava com suas intervenções impertinentes, melhorou no comando do programa agindo até como psicóloga das crianças em várias oportunidades, como nos choros de crianças desesperadas em ganhar, ou arrasadas por terem sido eliminadas. Em outras ocasiões, aterrorizava sem necessidade e fazia comentários completamente fora de hora.
 
 
Dentre os jurados, não há como não destacar o francês Erick Jacquin. Como se saísse de uma história em quadrinhos com seu suspensório e sapatos pontiagudos e coloridos, abusou de seu carisma com os pequenos, podendo apertar, abraçar e sempre incentivando os competidores. No entanto, Paolla e Fogaça também tiveram participação fundamental, entenderam bem a ideia e souberam lidar com este universo sem qualquer problema.
 
O “MasterChef Júnior”, como se sabe, não teve uma grande audiência em comparação com as duas primeiras temporadas para adultos. Talvez até por um desgaste natural do formato, o que será descoberto em 2016 com a realização de um terceiro ano.
 
O que pega ainda é a duração do programa. Continua longo, e por conta disso, termina quase uma hora da manhã, o que incomoda muitos telespectadores. Um programa cujo protagonismo é das crianças, mas num horário para adultos. Talvez, por isso, tenha tido alguns “problemas” na sua curta trajetória. Mas, em nada apaga o brilho de sua produção.
 
Thiago Forato é jornalista, escreve sobre televisão há dez anos e assina a coluna Enfoque NT há quatro, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Converse com ele: thiagoforato@natelinha.com.br  |  Twitter: @tforatto
 
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