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Nova "Escolinha" prova que só existe um tipo de humor: o engraçado

Antenado


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Divulgação

Durante toda esta semana que passou, o canal Viva brindou os seus telespectadores com uma nova "Escolinha do Professor Raimundo".

Com um elenco encabeçado por Bruno Mazzeo e com direção de Cininha de Paula, diretora da versão clássica da atração, que tinha Chico Anysio, o programa certamente foi a grande atração da TV paga nesta semana, quiçá neste fim de ano.

Foi divertido ver como atores e humoristas da nova geração se saíram nos papéis de tipos inesquecíveis como Rolando Lero e Zé Bonitinho. É preciso ser falado que comparar quem fez melhor não é a questão, já que os artistas do passado são os donos dos personagens, mas é difícil saber quer estava melhor.

Elejo Mateus Solano como Zé Bonitinho e Otávio Muller como Baltazar da Rocha como os que mais fizeram rir. Porém, não posso deixar de destacar nomes como Lucio Mauro Filho (Aldemar Vigário), Marcelo Adnet (Rolando Lero), Marcius Melhem (Seu Boneco), Marco Ricca (Pedro Pedreira), Marcos Caruso (Seu Peru), Maria Clara Gueiros (Cândida) e Dani Calabresa (Catifunda). Todos estão muito bons.

Já a "menos boa", posso dizer Fernanda Souza, como Tati - o que não quer dizer que ela esteja ruim no programa, longe disso.

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Além do tom de homenagem, a produção desta nova "Escolinha" apresentou o humor característico de outrora para uma nova geração, que certamente não acompanhou a produção por conta da idade. Nas redes sociais, vi vários jovens entre 15 e 20 anos elogiando a produção e realmente se divertido.

Lógico, outros - poucos, ainda bem - não entenderam como isso fez sucesso um dia, mas é questão de linguagem e de tempo. A verdade é que sem estes personagens, a atual geração não estaria aí. E o humor de bordão, de tipos, ainda faz sucesso na televisão. A prova é a própria "Escolinha", que na sua estreia foi líder de audiência geral na TV por assinatura.

A audiência em alta e os elogios na web só provam um fato: não existe humor jovem ou novo, ou velho e antiquado. Existe humor engraçado. Existe apenas a piada que faz rir, independente se ela tenha tipos por trás ou não. Se fez rir, é humor. Se não fez, é qualquer outra coisa, menos isso.

Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. No NaTelinha, é responsável por reportagens variadas e especiais. Na coluna "Antenado", fala sobre TV por assinatura aos sábados e sobre TV aberta quando a necessidade pedir. Converse com ele. E-mail: gabriel@natelinha.com.br / Twitter: @bielvaquer

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