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O que acontece com o programa "Hoje em Dia"?

Antenado


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Divulgação/TV Record

No início deste ano, uma das grande expectativas do mercado e de todos os fãs de televisão, era ver a renovação no time do "Hoje em Dia", da Record. Saíram Celso Zucatelli, Edu Guedes e Chris Flores; entraram César Filho, Ana Hickmann e Renata Alves.

Em números, o programa começou bem: no primeiro dia (12 de janeiro), chegou a pico de 9 pontos e liderou por vários momentos. Com o tempo, esse número se mostrou fogo de palha ou cavalo paraguaio, como queiram.

81% dos confrontos foram perdidos para o SBT, e anti-picos de 2 pontos no Ibope da Grande São Paulo aconteceram, fazendo a Record perder até para o "Jogo Aberto", da Band. Bom, estes índices provam que o programa não vai só mal por quem está no video, e sim o conteúdo bem mais ou menos que beira o "Hoje em Dia" faz algum tempo. Quadros genéricos, pautas - principalmente as femininas - que sempre se repetem, bloco de tblnoticia no tempo totalmente errado. Isso é problema da direção e precisa ser resolvido.

Mas falando do novo casting de apresentadores, ainda não me agradou também. César Filho é bom, com voz e dicção perfeitas, mas ele tem alguns vícios que me chateiam - isso é meu, subjetivo, pessoal -, como fazer algumas filosofias quando matérias mais fortes são levadas ao ar. Fora que o atual bloco de notícias do "Hoje em Dia" é igual ao que ele fazia no "Notícias da Manhã", do SBT, o que dá uma cara de cópia mal feita.

Já Ana Hickmann tem classe, beleza, mas não tem naturalidade. Ela é uma boa profissional e ponto, não fora do comum como a Record vende muitas vezes. Já Renata Alves é uma excelente repórter de entretenimento. Veja, escrevi repórter, não apresentadora. Mas dou um alívio para ela, já que nunca apresentou nada na sua carreira. É a única que dou tempo ao tempo.

O "Hoje em Dia" perdeu um pouco de sua identidade inicial. O que exatamente acontece com o programa que, queriam ou não, deu uma grande mudança nas manhãs da TV brasileira? Desgaste de pautas, quadros repetitivos e apresentadores atuais que não têm um carisma e entrosamento grande.


É esperar para ver as outras disputas, mas o quadro é preocupante.
 

Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. No NaTelinha, além da coluna “Antenado”, assinada todos os sábados, é responsável pelo “Documento NT” e outras reportagens. Converse com ele. E-mail: gabriel@natelinha.com.br / Twitter: @bielvaquer

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