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O sucesso atual do "Globo Repórter"


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Sérgio Chapelin apresenta o "Globo Repórter" - Divulgação

Todas as emissoras têm seus produtos jornalísticos, especialmente com o final “Repórter” que remete facilmente a condição do programa ter um tema específico e explorá-lo da melhor maneira possível, fazendo com que o telespectador entenda.

Nos últimos tempos, o “Globo Repórter” passou a ser o produto de maior audiência da linha de shows da Globo, e tem mantido seu posto mesmo com a estreia do “The Voice Brasil”. Na última sexta-feira (26), o jornalístico conquistou 23 pontos ante 22 do reality. O tema? Mitos e verdade do pão, alimento que o brasileiro não deixa de consumir.

Por ali já passaram diversos cineastas brasileiros, como Eduardo Coutinho ou Walter Lima Júnior, para exibirem seus documentários. De alguns anos pra cá, o programa se tornou um “Animal Planet” ou então uma atração sobre alimentos. O investigativo, que já era raro, tornou-se inexistente.

A receita, no entanto, sempre deu resultado, caso contrário não estaria no ar até hoje com essas temáticas. Mas é sempre bom ressaltar: quando o “Globo Repórter” estreou há mais de 40 anos, os assuntos abordavam temas sociais, como a miséria, desigualdade social e a luta por terra, que eram ignorados ou dificilmente tratados por outros programas. É a premissa do jornalismo em “dar voz a quem não tem”.

É bem verdade que com o crescimento das classes C e D em meados da década de 1990, o programa tinha que tratar sobre assuntos mais populares e abrangentes. Aquele que uma dona de casa e um chefe de família com ensino superior consigam compreender e se interessar.

Uma das edições mais memoráveis do jornalístico aconteceu em 2001, revelando supostas falcatruas do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. A investigação foi feita por conta dos direitos do Campeonato Brasileiro que estavam demorando a ser renovados, e o SBT estava entrando seriamente no negócio, o que poderia comprometer o futuro do futebol dentro da emissora.


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