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"Tá na Tela", de Luiz Bacci, estreia com sensacionalismo exacerbado

Enfoque NT analisa estreia do apresentador na Band


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Fotos: Reprodução

Uma estreia repleta de expectativa e confiança da Bandeirantes ao lançar o “Tá na Tela”, com Luiz Bacci. Sempre muito promissor, Bacci está tendo a chance de ter um programa como sempre quis: aliar entretenimento à jornalismo.

Com um cenário bastante condizente com o clima vespertino e uma plateia sem utilidade ao menos na estreia, o primeiro programa foi uma mescla de tudo aquilo que já vimos na televisão. Sensacionalismo, temas surrados e por vezes, apelação gratuita.

Absolutamente desconfortável ouvir Bacci gritando a todo instante que é “exclusivo” ou pedindo para que corte aqui, ali. O ouvido do telespectador não é pinico e temos que partir do pressuposto que ninguém em casa tem problema nos tímpanos. Qual a necessidade de se “exclamar” num tom tão alto?

A seu favor, conta o dinamismo do “Tá na Tela”, que por ser ao vivo e Bacci ter tido uma boa escola nesse tipo de atração, as coisas acontecem de uma forma rápida e não há tempo para a monotonia. São vários assuntos sendo abordados e isso será ajustado ao longo das edições, porque hoje, embora a pauta estivesse extensa, a atração quase se perdeu nas matérias, principalmente quem operava o GC (gerador de caracteres), que mudava a todo momento.

Como ponto alto, a sempre excelente Silvana Kieling mostrando “que fim levou” a famosa prostituta Hilda Furacão, tema de minisssérie da Globo em 1998, protagonizada por Ana Paula Arósio. Aliás, em link com o apresentador, a trilha dos áureos tempos do “Domingo Legal” que mesclava jornalismo e entretenimento foi resgatada.

Luiz Bacci também vai às ruas e não se mostra acomodado. Vai atrás. Realizou uma boa reportagem sobre cirurgia espiritual com João de Deus, um tema bastante batido, mas sempre muito interessante. Desnecessário foi o “suspense” feito em cenas mais fortes, nada diferente do que faz Geraldo Luís no “Domingo Show”.

Outro ponto a ser melhorado são os merchandisings. Luiz Bacci é um ótimo repórter, pode vir a ser um ótimo apresentador, mas ainda não convence vendendo, sobretudo produtos tão marcados quanto os que ele está tentando vender.

Não satisfeito com todo o sensacionalismo feito no programa de estreia, o jornalista deixou para amanhã uma foto que teve acesso envolvendo o processo da morte de MC Daleste. É exclusiva, diz ele.
 
Na audiência, o “Tá na Tela” deu 3 pontos contra 4 da Record e 5 do SBT. Ficou vários minutos em segundo lugar.


Contatos do colunista: thiagoforato@natelinha.com.br / Twitter: @Forato_

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