Colunas

Antenado: "Pecado Mortal" tem estreia ágil e com o estilo "Lombardiano"


61cdfa1ea508bf411df04ada8d492a0e.jpg
Carlos Lombardi e o diretor Alexandre Avancini - Divulgação/TV Record

A Record estreou nesta última quarta-feira (25) a novela “Pecado Mortal”, a primeira de Carlos Lombardi depois de 31 anos escrevendo para a Rede Globo. O primeiro capítulo era muito, mas muito esperado. Lombardi não escrevia uma novela desde 2006, quando fez “Pé na Jaca”. O que se podia esperar dele?

O resultado foi o melhor possível. O primeiro capítulo foi muito ágil. Quem assistiu, não teve tempo para respirar, pois a cada minuto uma cena acontecia. A primeira fase, que se passou em 1944, foi um prólogo da trama em si, narrada em 1977. Neste momento, brilhou a estrela de Maytê Piragibe. Como Donana, a atriz foi segura e firme, passando veracidade e emoção. Sem dúvida, a melhor atuação dela desde que trabalha em novelas da Record.

Passada a primeira fase, que contou o eixo central da história, houve um avanço de tempo, que apresentou os núcleos da trama. Uma coisa curiosa que o telespectador notou foi que muita gente de “Pecado Mortal” atua em “José do Egito”, longa minissérie que antecedeu a trama de Lombardi.

A fotografia da novela, neste primeiro momento, foi excelente. A direção de Alexandre Avancini foi altamente acertada, e a grande maioria dos atores pareceram seguros. Existia uma desconfiança em relação ao nome de Fernando Pavão como protagonista. Lombardi deixou claro que ele deve ficar muito sem camisa na trama (outra marca do autor: homens sem camisa), mas Pavão mostrou segurança no papel.

Simone Spoladore, mais uma vez, deve ser competente como Patrícia, mas fica o receio de que ela não seja tão irregular como foi em “Vidas em Jogo”, por exemplo. Outro destaque foi a atriz Carla Cabral (na verdade, Carla Regina, que mudou de nome pela numerologia), que quase quarentona, está com tudo em cima e promete ter o seu melhor personagem em anos. Sem falar nas atuações de Jussara Freire e Betty Lago, que prometem ser as donas da novela.

No mais, todos os clichês “Lombardianos” estão lá: homens sem camisa, tiroteio, ação, texto ágil com pitadas de bom humor e a famosa “companhia lombardiana de comédia”, que são atores carimbados que sempre atuam em novelas do Lombardi: Betty Lago, Heitor Martinez, Luiz Guilherme, Claúdio Heinrich, Carlos Bonow, entre outros, estão lá, firmes e fortes.

O saldo final foi bastante positivo e, pra mim, “Pecado Mortal” teve o melhor primeiro capítulo já exibido pela Record. Sem tropeços e com trama ágil, a novela promete muito.

Segundo dados prévios, a audiência foi boa: 11 pontos em São Paulo e 12 no Rio de Janeiro. Só espero que tal agilidade continue, afinal, o primeiro capítulo de “Amor à Vida” foi bem ágil e, bem, todos estão vendo a bela bomba atômica que ela virou. Tenho certeza que Carlos Lombardi não irá me decepcionar.
 

Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. Além do “Antenado”, é responsável pelo “Documento NaTelinha”. Converse com ele. Twitter: @bielvaquer

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado