BBB 22: Arrogante, Jade enterra participação misturando caridade com publicidade
Discurso rasteiro marca fim da trajetória de Jade Picon no BBB 22
Publicado em 08/03/2022 às 06:50
Jade Picon deve ser a eliminada do BBB 22 na noite desta terça-feira (8). E não é para menos. Apontada como corajosa pelos colegas dentro do confinamento, aqui fora vejo essa atitude de querer um embate com Arthur Aguiar fantasiado em comodidade, preguiça de pensar. Ir em um alvo hipoteticamente fácil, já que o ator entrou "cancelado" no programa. É provável que tal "perseguição", na cabeça da youtuber, esteja sendo aplaudida pelo público, que não conseguiu eliminá-lo porque havia outras prioridades antes. Doce ilusão.
No alto de sua imaturidade em lidar com questões de dentro do jogo, acha que está arrasando em alardear um "bora pro paredão eu e você". A célebre frase já entrou para o hall de uma das mais inesquecíveis do programa, mas não pelos motivos que ela deseja. Jade cai pela falta de sensibilidade em enxergar o game de dentro.
Como se isso não bastasse, a influenciadora cometeu o pior dos erros que um participante de reality show pode cometer. Assim como Fiuk apelou ao dizer que passava por dificuldades financeiras quando defendeu que deveria ser o campeão do BBB 21, Jade foi ainda mais longe ao dizer que sua vitória significaria uma ajuda a instituições de caridade no Brasil. Como assim?
O discurso chocou. Devemos manter Jade por que ela dará todo o dinheiro para diferentes instituições? Jade se perde na própria inocência - em dizer isso em um reality show -, e na própria arrogância ao tirar um elemento como esse da cartola. Se ela pode se dar ao luxo de abdicar de um prêmio milionário, que ótimo para ela, mas usar isso como um instrumento para lutar pela sua manutenção no jogo, é imperdoável e rasteiro.
Jade, caridade não ganha Big Brother
Se por um acaso Jade Picon vencesse o programa e ter doado o prêmio na surdina e isso viesse à tona, seria realmente admirável. Mas fazer disso uma "promessa de campanha" é um soco no estômago dos próprios colegas, que simplesmente não dispõem de uma conta bancária gorda como ela para poder prometer o mesmo. Ou sequer parecido. Big Brother não se trata disso.
Afinal de contas, o que a mão direita faz, a esquerda não precisa saber. Filantropia e publicidade são coisas distintas. Com tal discurso, Jade Picon enterra sua participação no BBB 22 de maneira melancólica. Aqui fora, vai aprender que ganha quem é autêntico, quem diverte mais, quem gera mais conteúdo ou com quem o público mais se afeiçoa. Ninguém nunca venceu prometendo doar o prêmio. E jamais ganhará.
No apagar das luzes, Jade revela ser uma jogadora limitada ao se apegar em acontecimentos fora do reality show para tentar se sobressair, arrogante por querer as respostas que quer ter - e até teve, mas enquanto não for as que acredita, não vale -, e completamente fora da realidade por fazer uma promessa que talvez só ela seja capaz de fazer. Jogadores assim deveriam ser eliminados automaticamente.
Jade não conhece o BBB. Não se atreveu a estudar um programa que não era nem nascida quando ele começou. Oportunidades não faltaram.