Publicado em 08/11/2022 às 16:50:58,
atualizado em 08/11/2022 às 17:09:03
No Morning Show desta terça-feira (8), Paulo Figueiredo desmentiu as informações trazidas pelo repórter Tiago Américo ao vivo. O comentarista se exaltou e, mesmo sendo interrompido pelo apresentador do programa, Paulo Mathias, que pediu calma, hostilizou o colega de emissora. "Que vergonha", disse ele.
O correspondente internacional fez uma matéria diretamente dos Estados Unidos para falar sobre as eleições locais. No VT, o jornalista comentou que a população está indo às urnas para definir a composição do Congresso e destacou o fato de os republicanos ainda questionarem o resultado das eleições de 2020, apesar de as autoridades terem confirmado que a vitória de Joe Biden foi limpa.
Logo que a matéria acabou, Figueiredo interrompeu os colegas de programa e deu sua opinião sobre o conteúdo da reportagem. "Se você fizer o trabalho de correspondente simplesmente assistindo a CNN e o The New York Times, que são veículos de esquerda e de militância, é a mesma coisa que você querer reportar o que acontece no Brasil assistindo a GloboNews. Não dá", reclamou.
Mathias pediu que ele reportasse qualquer reclamação à direção do canal e não fizesse isso ao vivo em respeito ao trabalho do outro profissional. "Acho que o golaço da Jovem Pan é justamente isso... Eu poder falar o que eu penso. O dia em que eu não puder mais, eu pego meu boné e vou fazer outra coisa", disparou.
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Na sequência, Paulo Figueiredo disse que o VT foi parcial e que, de acordo com as pesquisas, não tem possibilidade de os democratas serem maioria, por isso, Tiago Américo teria que ter dito que os republicanos devem vencer com folga. "Esse VT do Thiago Américo, você me desculpe, que vergonha. É o segundo que ele faz que é uma vergonha, absolutamente vergonhoso. Não dá pra gente ter um correspondente que fica lendo o The New York Times", argumentou.
"Aqui não é lugar de fazer isso, desculpe", alegou Paulo Mathias, tentando acalmar o colega. "É a diversidade da nossa emissora que permite que a gente coloque as coisas no ar. Eu tenho meu compromisso com a verdade. Isso que foi dito hoje no ar não é verdade, em respeito ao nosso público", insistiu Figueiredo.
Tiago Américo usou as redes sociais para divulgar uma nota de repúdio contra Paulo Figueiredo. "Em resposta ao ataque que sofri nesta terça-feira, por um colega de trabalho, venho esclarecer algumas coisas. O jornalista Paulo Figueiredo fez graves críticas no ar sobre a minha apuração a respeito da corrida eleitoral americana, insinuando uma suposta imparcialidade, e descrevendo meu trabalho como 'vergonhoso'", iniciou ele.
"O comentarista me acusa de ser parcial, justamente por reportar o que os jornalistas isentos do mundo todo acompanham. E isso difere da visão de mundo dele, de sua ideologia. Para o boletim, usei informações de agências internacionais respeitadas", continuou.
O repórter destacou que não conhece o colega de emissora. "Quero ressaltar que não conheço pessoalmente o comentarista em questão, e tão pouco seu histórico na imprensa brasileira. Mas parto da premissa do respeito mútuo. Discordâncias são do jogo, ataques levianos NÃO".
"Já trabalhei em emissoras como Band, Globo, Record, CNN Brasil, e nestes locais sempre fui elogiado por respeitar o jornalismo e os dois lados da notícia. São 16 anos comprometidos com a VERDADE, A ÉTICA e o respeito aos meus pares e superiores. E eu espero o mesmo", escreveu Américo.
O correspondente seguiu sua carta pública: "Nunca utilizei covardemente um espaço ao vivo, sem chance de defesa e, me gabando de supostos vínculos com proprietários de TV, para intimidar ou pedir a cabeça de um colega de profissão. Por fim, eu por conta própria liguei para este senhor para entender o motivo do ataque, e ouvir do próprio um possível pedido de desculpas ou retratação, já que ele cometeu um crime de difamação contra a minha honra".
"O comentarista disse que não se retrataria. Ataques semelhantes deste senhor, aconteceram recentemente contra outros profissionais da imprensa. Definitivamente: Liberdade de expressão, não é liberdade para você, sem provas, desrespeitar ou descredibilizar profissionais da imprensa brasileira, ou ninguém", finalizou ele.
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