Record demite repórter após processo da esposa contra a emissora

O repórter João Pedro Barrocas, da Record no Rio de Janeiro, foi demitido da emissora. A dispensa do jornalista ocorre quatro meses após a saída de sua esposa, Tetê Maciel, da mesma emissora. Atualmente, ela move um processo trabalhista contra o canal.

De acordo com fontes ouvidas pelo NaTelinha, a demissão de João Pedro Barrocas teria sido  uma retaliação pelo processo movido por Tetê Maciel. Ela estava há 11 anos na Record Rio e foi demitida grávida de gêmeos. Ainda no processo ela solicita o pagamentos dos últimos 30 dias que trabalhou no canal. 

A profissional tem mais de 20 anos no mercado publicitário e começou a carreira em 2001, em operações comerciais do Grupo Jovem Pan no Rio. Atualmente, Tetê Maciel trabalha como executiva de contas na filial da Band no Rio de Janeiro, mesma função que exercia na antiga empresa.  A reportagem apurou com pessoas próximas ao casal que eles já esperavam a atitude da Record Rio.

João Pedro Barrocas estava há 12 anos na filial Record . A reportagem entrou em contato com a assessoria da Record Rio, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. Caso haja um retorno, o texto será atualizado.

Em seu perfil no Instagram, Barrocas tem uma foto de perfil em que aparece com o logotipo do canal ao fundo. Uma de suas postagens mais recentes é compartilhada com o perfil oficial da Record Rio. “Quem vê close não vê os corre”, diz a legenda da publicação.

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Em um vídeo postado em abril, o repórter aparece tendo uma crise de tosse durante uma transmissão ao vivo. “Desengasgou. Tirou o negócio da goela”, brincou Wagner Montes Filho, na ocasião. “A saliva desceu errado?”, questionou a âncora Lívia Mendonça, também demitida, em maio.

“É muito bom trabalhar em um jornal de verdade, com amigos de verdade. Isso acontece com todo mundo e foi acontecer comigo na hora do ao vivo”, disse Barrocas. “Sufoco total! A gente tenta disfarçar mas não tem jeito”, acrescentou ele, na legenda.

Tetê Maciel passou 11 anos e meio como executiva de contas da Record Rio. A profissional tem mais de 20 anos no mercado publicitário e começou a carreira em 2001, em operações comerciais do Grupo Jovem Pan no Rio.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Record, que informou não comentar demissão de pessoal.

Confira as publicações recentes de João Pedro Barrocas sobre o trabalho na Record:

Demissão recente de outra jornalista na Record causou polêmica

Na quarta-feira (14), mesmo dia em que jornalistas saíram em defesa de Vera Magalhães, atacada por um aliado de Jair Bolsonaro (PL), outro caso começou a ganhar repercussão nacional. O SindJor (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná) denunciou que Carol Romanini teria sido demitida da RicTV, afiliada da Record no Paraná, por pressão de deputado Filipe Barros (PL), ligado ao atual presidente.

Carol foi demitida na última terça-feira (13), conforme apurou a reportagem, um dia depois de usar roupa vermelha no quadro A Hora da Venenosa. O vídeo em que a jornalista aparecia com a cor que foi ligada ao PT de Luiz Inácio Lula da Silva pela RicTV foi apagado das redes sociais da emissora. O canal, no entanto, negou que a demissão tenha sido motivada por ideologia política.

"A rescisão do contrato da apresentadora nada tem a ver com eleição. Ela era da área do entretenimento. Ontem, inclusive, a apresentadora da Hora da Venenosa de Curitiba, a Cecilia Comel, estava de rosa e vermelho. Mas tem relação com a reestruturação do horário do almoço em todas as emissoras da RICtv (são 4: Curitiba, Oeste, Londrina e Maringá)", diz trecho do comunicado.