Publicado em 13/07/2022 às 09:54:16,
atualizado em 13/07/2022 às 10:14:02
Em meados dos anos 90, um animal com aparência de extraterrestre assustava os moradores do interior de São Paulo. Em fazendas, animais eram encontrados mortos sem os órgãos internos e quase sem sangue em seus corpos. Surgia ali a lenda do chupa-cabra.
De acordo com um estudo, feito por ufólogos de Curitiba, as cidades em São Paulo que sofreram possíveis ataques do bicho foram São Roque, Araçoiaba da Serra, Ribeirão Branco, Sorocaba e Pereiras. Segundo os estudiosos que se aprofundaram no caso, a lenda ganhou o mundo com supostas aparições e registros de mortes semelhantes na América do Norte, América Central, no Brasil e até na Rússia.
Relatos sobre o chupa-cabra apareceram pela primeira vez em Porto Rico em meados dos anos 1990. Eles descreviam uma criatura bípede de quase um metro e meio de altura com olhos grandes, espinhos nas costas e longas garras.
Benjamin Radford, pesquisador do Comitê para a Investigação Cética (CSI, na sigla em inglês) fez uma longa pesquisa, que levou cinco anos de estudo sobre essa estranha criatura. Radford localizou a primeira pessoa a relatar ter visto a criatura: Madelyne Tolentino, da cidade de Canóvanas, no leste de Porto Rico. Em 1995, ela disse ter visto uma criatura parecida com um Alien da janela de sua casa.
Com os boatos sobre o chupa-cabra se espalhando pelo Brasil, o programa Domingo Legal, apresentado por Gugu Liberato no SBT, em junho de 1997, produziu um programa especial para falar sobre o fenômeno animal. Gugu recebia em seu palco o repórter investigativo Saulo Gomes, que foi apresentado a uma pessoa que dizia ter a cabeça do suposto chupa-cabra. O apresentador mostrou diversas imagens assustadoras do animal. Gomes dizia que a cabeça apresentava característica gelatinosa e com um mal cheiro terrível. O jornalista também chegou a dizer que soube de humanos que também foram vítimas do chupa-cabra.
Com uma reportagem cheia de mistério, Gomes entrevistou um homem, que não quis ser identificado, que teria em mãos a possível cabeça do chupa-cabra. O objeto era claramente um animal mumificado não identificado. “Possui um mal cheiro terrível”, repetia Saulo, afirmando que a cabeça em questão possuía muita semelhança com o ET de Varginha.
O homem tentou explicar como a cabeça foi encontrada, mas disse que foi um amigo pescador que a achou e não tinha muitos detalhes. Apenas que foi em uma noite de pescaria e que o animal possuía membranas em suas patas. “Como eu vi a foto no jornal e achei parecido, quis colaborar com o programa”, afirmou o homem não identificado.
Na época, diversos biólogos e veterinários disseram que o que foi mostrado no Domingo Legal lembrava uma arraia com algumas partes cortadas. Em um outro programa, Gugu deu continuidade à matéria, trazendo o biólogo Ertes Figueiredo dos Santos, de Ribeirão Preto (SP), que apresentou uma arraia conservada em via úmida.
Em julho, o caso foi solucionado. Saulo Gomes e a equipe do programa foram ao local onde a cabeça permaneceu por 20 anos, um bar na Barra Funda, em São Paulo.
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