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Liminha recusou triplo do salário ao dizer "não" para Gugu na Record: "Optei pelo SBT"

Veterano na TV lembra último encontro com o amigo e revela que hoje ocupa antigo camarim do apresentador na época do Domingo Legal

Liminha era braço-direito de Gugu Liberato à frente do Domingo Legal, sucesso no SBT nas décadas de 1990 e 2000 - Foto: Moacyr dos Santos/Divulgação
Por Walter Felix , com Marcela Ribeiro

Publicado em 22/11/2021 às 05:00:08,
atualizado em 22/11/2021 às 10:03:44

Liminha chegou a recusar o triplo do salário que recebia na época quando disse “não” à proposta de Gugu Liberato para seguir o amigo quando este assinou com a Record, em 2009. “Optei pelo SBT”, revela o veterano da TV, em entrevista exclusiva ao NaTelinha. Ele também fala sobre o último encontro com o comunicador, cuja morte completou dois anos no domingo (20), e revela que hoje ocupa o camarim que era do ex-apresentador do Domingo Legal.

“Quando o Gugu deixou o SBT, ele me convidou para ir com ele. Primeiro, duplicou meu salário. Depois de um tempo, voltou a me ligar e triplicou a oferta, oferecendo ainda uma boa grana para que eu trocasse de emissora. Optei em ficar com o Silvio Santos, que estava precisando muito do meu trabalho”, relata Liminha.

Ele conta que o amigo compreendeu a recusa. “Disse que era bacana da minha parte ficar ao lado do Sílvio, que além de patrão é, até hoje, um grande parceiro e amigo. Continuei no SBT, onde estou há 40 anos. O Gugu entendeu, porque também tinha uma um laço de amizade muito grande com o Silvio e disse que, quando precisasse, poderia procurá-lo.”

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Liminha ocupa camarim que era de Gugu: “Estar naquele lugar é muito representativo”

Atualmente na apresentação dos sorteios da Tele Sena, Liminha ocupa o camarim que Gugu usava quando gravava o Domingo Legal. “Estou sempre me lembrando dele e fazendo minhas orações. Estar naquele lugar em que o Gugu ficava, para mim, é muito representativo”, avalia. “Até hoje não acredito que o Gugu foi embora. Ele deixou um legado muito bonito para a televisão brasileira.”

Como assistente de palco, Liminha ficou muitos anos no Domingo Legal. “Com o programa, o Gugu levava felicidade para os lares brasileiros, com brincadeiras, gincanas, além das ações de ajuda e solidariedade. Tanto é que ficamos cinco anos ganhando do Faustão, que é um ícone da televisão. Também é assim até hoje nas mãos do Celso Portiolli, que carrega o bastão e está dando conta do recado.”

Já do trabalho no Viva a Noite, marco dos anos 1980, um episódio o marcou mais profundamente: quando Gugu sofreu um acidente dentro de um túnel de fogo. “Ele saiu e não conseguia respirar. Tentou tirar a roupa e quase que ele se queimou gravemente. Poderia ter acontecido algo muito pior.”

Na atração das noites de sábado, ele recebeu o convite do próprio apresentador para se fantasiar nos números do Baile do Passarinho, que se tornou um verdadeiro hit. “Ele me disse: ‘Além de você ganhar um cachê, você ainda fica famoso’.”

Liminha lembra último encontro com Gugu e conta que amigo o salvou de demissão no SBT

Liminha lembra da última vez em que esteve com o amigo: “Lembro como se fosse hoje. Ele fez uma participação no Teleton. Fui ao camarim junto da minha esposa, Fernanda. Ele brincou: ‘Como você tem uma mulher bonita dessas sendo tão feio?’. Começamos a dar risada. Depois, pedi que ele desse autógrafo em um papel para uma fã e zoei dizendo ‘Gugu acabou de assinar com o SBT’”.

A amizade começou em 1981, quando o SBT ainda era TVS. “Eu trabalhava na portaria e ajudava em tudo nos bastidores do programas. Gugu me pedia para olhar carro, comprar marmitex, pagar conta em banco, além de trabalhos na produção do Domingo no Parque. Foi nessa época em que desenvolvemos uma afinidade.”

“Nos momentos em que eu mais precisei, o Gugu esteve do meu lado, me ajudou e me resgatou. Eu estava pra ser demitido do SBT, ele foi lá e me colocou em uma produção musical. Foi nessa época, inclusive, em que ele me apresentou para o Silvio Santos.”

“Gugu era uma pessoa íntegra, um ser humano sempre atento às pessoas que estavam ao lado dele, sempre querendo ajudar. Um bom filho e um bom pai. Lembro que ele estava sempre falando da mamãe e do pai dele, das viagens com a família. Sempre foi um cara muito família. Foi um grande amigo e um grande ser humano”, define Liminha.



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