Datena constrange ministro de Bolsonaro ao citar agressão de presidente à imprensa

Nesta segunda-feira (1º) no Brasil Urgente, durante uma entrevista ao vivo de José Luiz Datena com Onyx Lorenzoni, ministro do trabalho e previdência do governo Jair Bolsonaro, o jornalista constrangeu o político ao questioná-lo sobre as agressões de seguranças do presidente à imprensa na Itália neste final de semana. Em gravações veiculadas na internet e televisão, homens aparecem batendo e afastando jornalistas que tentavam fazer perguntas para Bolsonaro durante um passeio dele.

As imagens também mostraram o presidente hostilizando um repórter da Globo que fazia seu trabalho. Durante o Brasil Urgente, depois de dar entrevista sobre a nova portaria que assinou que proíbe empresas de demitir funcionários que não tomaram vacina contra a Covid-19, Onyx foi elogiar o jornalista da Band em Brasília que também participava do bate-papo, o Vanteno de Oliveira, quando Datena o interrompeu e fez sua crítica.

"Eu queria só fazer aqui publicamente esse reconhecimento à competência do Valteno, que nessa situação em que vive a imprensa brasileira, ter profissionais que são corretos, que não distorcem a informação, que dá informação com precisão e correção, isso é uma benção pra quem busca se informar como todo e qualquer cidadão desse país", disse Onyx. Antes que o ministro terminasse o elogio, Datena o interrompeu.

"Eu concordo com você, mas também não precisa bater na imprensa brasileira também. Não precisa bater... O senhor não, o segurança do Bolsonaro lá na Itália. O senhor não bateu, mas os seguranças não precisam bater na imprensa também porque a imprensa não tem culpa de nada", analisou.

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Datena defende imprensa e detona Paulo Guedes

Datena continuou: "O Paulo Guedes (ministro da economia) é mais culpado do que nós. Por que não bate no Paulo Guedes ao invés de bater na gente? Nós não temos nada a ver com isso", pontuou Datena, deixando Onyx Lorenzoni visualmente constrangido. Mais cedo no programa, Datena atacou Bolsonaro ao vivo: "Não fez nada para o país".

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