Mudanças e perdas

As 10 revoluções na grade da Globo em 2021

Saída de apresentadores, perda de campeonatos e novelas inteiramente gravadas antes da estreia

As 10 maiores revoluções da Globo sob nova direção - Fotos: Divulgação/TV Globo
Por Redação NT

Publicado em 30/09/2021 às 05:06:00,
atualizado em 30/09/2021 às 09:41:44

A Globo vem tomando medidas tidas como irreconhecíveis para alguns. Desde que Ricardo Waddington assumiu a direção de entretenimento há quase um ano e José Luiz Villamarim assumiu a direção de dramaturgia praticamente no mesmo período, mudanças substanciais foram feitas na programação e no modus operandi da emissora.

O que teve maior impacto direto foi o fato das novelas, ao menos por enquanto, terem se tornado obras fechadas. Sob nova direção, a Globo acredita ser mais prudente e confortável trabalhar com ampla frente de capítulos. É bom lembrar que mesmo com que mais de 40% da população brasileira vacinada, o país atravessa uma pandemia que acumula quase 600 mil mortes pela Covid-19.

Além disso, outras mudanças causaram espanto, como a saída precoce de Faustão e a antecipação de Luciano Huck para estrear aos domingos, por tabela. De quebra, o título Caldeirão passou a "pertencer" à emissora e não mais ao apresentador, bem como o Domingão, que não tem mais dono. Tempo de mudanças.

Outras ainda mais recentes também impactam: o fim de Malhação depois de 26 anos ininterruptos no ar, tirando um dos grandes celeiros de talento da emissora. Os contratos por obra se tornaram cada vez mais frequentes e Fernanda Gentil teve o Se Joga mais uma vez encerrado e agora se dedica ao game-show Zig Zag Arena.

Confira essas e outras mudanças da Globo:

Novelas inteiramente gravadas

O gênero novela sempre foi considerada uma obra aberta dentro da Globo. Desde que a pandemia começou em março do ano passado, parece que esse conceito foi deixado de lado. Com constantes atrasos nas gravações e contratempos devido à infecções e coisas do gênero, a emissora optou por levar seus produtos inteiramente gravados ao ar.

Pelo menos nas próximas novelas, não será possível alongar ou encurtar determinada história, dar importância a outros núcleos em virtude da resposta da audiência. Os grandes exemplos estão atualmente em cartaz e deve continuar assim, pelo menos, até 2022.

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Nos Tempos do Imperador estreou quase toda gravada, mas mas não contava com críticas pela maneira com alguns temas fossem tratados. A Globo pediu que fossem feito cortes e regravações de algumas cenas para diminuir os danos. Em novembro, estreia Um Lugar ao Sol na faixa das 21h e Quanto Mais Vida Melhor, às 19h, todas 100% gravadas..

A ideia é que Pantanal, que tem previsão de estreia para março, também estreie totalmente finalizada, sem possibilidade de alteração no rumo de qualquer personagem.

Saída de Faustão

Faustão surpreendeu o mercado em janeiro, quando anunciou juntamente com a Globo que não teria seu vínculo renovado para 2022. A emissora lhe ofereceu um projeto para as noites de quinta-feira, o que ele recusou. Diante disso, no final de abril, surpreendeu novamente ao dizer que estava de malas prontas para a Band, em 2022.

A nova direção, portanto, despejou Faustão da Globo sob o pretexto que não havia espaço para ele na programação. Mas, havia para Luciano Huck fazer praticamente o mesmo programa que fazia no sábado, o Caldeirão. Um nome de peso que deixa o canal e agora reforçará o casting da Band diariamente a partir de janeiro.

Estreia antecipada de Luciano Huck

Com a saída de Faustão, a própria Globo admitiu em nota que Luciano Huck tomaria a frente da faixa em 2022. O que não se esperava era que o Domingão fosse continuar, e esse projeto fosse antecipado para setembro. O fato surpreendeu a todos, já que a ideia era outra. Huck admitiu que foi o próprio quem propôs isso a direção, que aceitou.

Com isso, Huck acabou herdando o Show dos Famosos, que está comercialmente vendido. O quadro está sendo criticado pelos internautas, já que o apresenta por dar outro estilo ao quadro que ficou consagrado nas mãos de Faustão.

Contratação de Marcos Mion

Sem Faustão aos domingos e Huck aos sábados, abriu-se uma lacuna justamente neste último. Com uma contratação aguardada desde janeiro, quando a Record anunciou que ele não fazia mais parte dos planos do canal, Mion desembarcou na Globo para comandar o "novo" Caldeirão, que teve o título mantido.

Dos quadros que Huck apresentava, restou o Tem ou Não Tem. O program ainda conta com o Sobe o Som e o Isso a Globo Mostra. Sem concorrência, o Caldeirão lidera tranquilamente no final de semana. Agora, a dúvida: ele ficará no posto até dezembro conforme anunciado ou será fixado de vez? É mais uma decisão importante que a nova diretoria tomará.

Títulos sem dono

Se o Caldeirão era do Huck e o Domingão do Faustão, agora as marcas passam a pertencer somente à emissora, dando brechas para possíveis substitutas. Neste caso, o "com" fez toda a diferença. Embora seja difícil desassociar o Caldeirão do Huck, o telespectador se verá forçado a fazer isso, e o mesmo vale para o Domingão.

A ideia é clara: não depender de nenhuma figura para a manutenção do programa. O Domingão do Faustão estava há 32 anos no ar e o Caldeirão do Huck levava 21 anos nas tardes de sábado.

O fim de Malhação

Essa já era esperada, conforme adiantado pelo NaTelinha, mas não menos impactante. O fim de Malhação depois de 26 anos no ar. A última temporada exibida é a reprise de Sonhos, que está no ar atualmente e com dificuldade de audiência. A emissora está preparando uma reformulação da grade de programação vespertina e divulgará as novidades nas próximas semanas, mas que já não constará com a trama a partir de 2022.

Agora, o próximo passo da emissora carioca é decidir qual será a nova grade de programação, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a ideia inicial é de colar o Vale a Pena Ver de Novo diretamente na novela das 18h, por ter um público semelhante e também para garantir crescimento orgânico de público de telenovelas.

Saída de Tiago Leifert

Responsável pela reformulação do Globo Esporte em 2009, Tiago Leifert anunciou que deixaria a emissora no início do mês. Ele comandará a décima temporada do The Voice Brasil, que estreia em outubro e tem previsão de término para dezembro. O apresentador declarou no Mais Você que quer declarar "vitória" e dar sua luta como encerrada para descansar, curtir a mulher, Daiana Garbin e a filha, Lua.

Agora, a Globo terá que arrumar um outro buraco: o substituto de Leifert à frente do BBB22, que estreia em menos de quatro meses. O nome mais coitado é o de Tadeu Schmidt, do Fantástico.

Contratos por obra

Tendência há anos, os contratos com obras se acentuaram desde que a nova direção assumiu a Globo. Nomes tarimbados como Antônio Fagundes, Glória Menezes e Tarcísio Meira (1985-2021) deixaram o contrato fixo para trabalharem por obra.

"Tem que haver uma gratidão em relação a esse pessoal, que eu considero investidores, não contratados da Globo", afirmou Boni no ano passado, criticando a decisão da emissora em abrir mão de nomes importantes.

Fim do Se Joga

Lançado em setembro de 2019 inicialmente, o Se Joga foi uma tentativa da Globo em barrar as fofocas da Record do Balanço Geral. O tiro saiu pela culatra. As derrotas vieram rapidamente, bem como os problemas. Seis meses depois, a pandemia, e a atração foi suspensa.

Retornando um ano mais tarde, mas agora aos sábados, a liderança não foi perdida, mas seu conteúdo era igualmente criticado, apesar dos apenas 45 minutos no ar. A nova direção optou pelo fim do programa e seu remanejamento para o Zig Zag Arena que estreia no próximo domingo (3).

Perda de campeonatos

Após perder a Libertadores no ano passado, a Globo sofreu duros baques em 2021. Ela perdeu o Carioca para a Record e nos últimos dias, o Paulista, estadual mais importante do país, para a mesma emissora. Com isso, se abre um rombo na programação às quartas e domingos nos primeiros meses do ano. Será que vem mais Campeões de Bilheteria por aí?

Em julho, a Globo também não exibiu a Copa América, que rendeu alta audiência para o SBT. Emissora e Conmebol não negociam, já que há um processo na Suíça e a entitade sul-americana pede mais de US$ 100 milhões pela quebra de contrato em 2020.



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