Publicado em 04/12/2020 às 16:15:00
A CNN Brasil saiu na frente das concorrentes e foi a primeira emissora a entrevistar Luciana Borio, médica brasileira escolhida por Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, para integrar a equipe contra o novo coronavírus. O bate-papo foi feito por Carla Vilhena e exibido no Visão CNN desta sexta-feira (4). Na conversa, a profissional se mostrou contra a obrigatoriedade da vacina e criticou a propaganda favorável da cloroquina para combater a doença.
“A CNN Brasil foi a primeira emissora que conversou com a médica brasileira escolhida pra integrar a equipe contra a Covid-19 do governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Um dos assuntos abordados foi justamente a obrigatoriedade da vacinação. A brasileira Luciana Borio acredita que a imunização não deve ser obrigatória”, explicou Carla.
Durante a conversa, Luciana Borio detalhou todo o processo de fabricação da vacina e quais equívocos foram cometidos no combate a Covid-19 nos Estados Unidos. A médica considerou um erro a propaganda favorável da cloroquina para tratar a doença, mesmo sem dados científicos suficientes.
“Não funciona [a cloroquina]”, iniciou. “A cloroquina realmente foi uma promessa sem fundamento científico e, infelizmente, eu acho que ela causou certos danos, porque impediu que os estudos de remédios e medicamentos com maiores promessas. Então nós acabamos adiando a disponibilidade de produtos que possuem maiores promessas [de combater a doença]”, ressaltou.
A profissional também se mostrou contrária a obrigatoriedade da vacina em um primeiro momento. Ela explicou que a imunização faz parte de uma tecnologia e há muita desconfiança por parte das pessoas. “É desnecessário forçar, inclusive porque são tecnologias novas, com as quais temos menos experiência. É importante esperar que o público tenha confiança forte”, opinou. “Fazer vacinação voluntária é o melhor caminho.”
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Durante a entrevista, Luciana destacou que a pandemia não vai acabar logo após a vacinação. Ela ressaltou que todos terão que continuar tomando cuidados higiênicos e que levará um tempo para que todas as pessoas estejam vacinadas. Porém, a médica lamentou a maneira com que Donald Trump lidou com a doença.
“A gestão presente negou a gravidade da pandemia”, disparou. “Os dias que temos até janeiro vão ser uma calamidade em termos de saúde, porque não há sinais de que a pandemia irá se reverter nesse período”, completou.
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