Publicado em 09/10/2020 às 18:56:08
Dispensado pelo SBT, Roberto Cabrini assinou com a Record, onde trabalhou entre 2008 e 2009, quando foi contratado por Silvio Santos. O jornalista comandou na última década o premiado programa Conexão Repórter.
A contratação de Cabrini foi noticiada pelo colunista Flávio Ricco, do portal R7 (vinculado à Record) e confirmada pelo NaTelinha. A reportagem apurou que o jornalista será repórter especial do Domingo Espetacular, porém entregará outros projetos à nova casa.
Roberto Cabrini deverá reestrear na Record em novembro, quando terminará oficialmente seu vínculo com o SBT. A rede de Silvio Santos tentou uma última oferta para segurar o jornalista, segundo apuração do NaTelinha, porém ele optou por aceitar a proposta da emissora rival.
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Jornalista desde os 16 anos, Cabrini começou na TV como repórter da Globo e foi contratado pelo SBT em 1989, como diretor do departamento de esportes. A cobertura da Fórmula 1, mesmo sem ter os direitos de transmissão, chamou a atenção da antiga casa, que o recontratou em 1992. Na emissora, foi o primeiro a noticiar a morte de Ayrton Senna (1960-1994).
Como correspondente internacional, Cabrini trabalhou quatro anos em Londres e mais quatro em Nova York pela Globo, cobrindo guerras e conflitos. Por isso, ganhou vários prêmios, como o Repórter do Ano pelo paradeiro de PC Farias (1993), Prêmio Previdência pela localização de Jorgina de Freitas (1997) e Líbero Badaró pela investigação do voo 254 (1998).
Na segunda passagem pelo SBT, Cabrini ganhou o Troféu APCA pela entrevista com o ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1995. Também realizou documentários no Afeganistão e no Iraque que lhe renderam o Prêmio Vladimir Herzog, em 1996, e o 14º Prêmio de Direitos Humanos da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos, em 1997.
Em 2003, ancorou o Jornal da Noite, na Band. Contratado pela Record em março de 2008, Cabrini ficou preso durante dois dias após a polícia ter encontrado papelotes de cocaína em seu carro.
Três anos depois, a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo concluiu que a prisão de Cabrini foi resultado de uma armação policial. O jornalista investigava um esquema de tráfico que ligava a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) à polícia.
Em 2009, Silvio Santos reagiu à contratação de Gugu Liberato pela Record e fez a limpa na emissora rival: tirou, de uma vez, os apresentadores Eliana e Roberto Justus e o novelista Tiago Santiago, além de Cabrini.
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