Publicado em 08/03/2020 às 23:01:00
Regina Duarte deu entrevista pela primeira vez após assumir a Secretaria Especial da Cultura do Governo Bolsonaro. Neste domingo (8), ela falou ao Fantástico seus objetivos para a Pasta e que artistas terão que seguir diretrizes para poder receber auxílio público em seus projetos.
“Eu acho que o dinheiro público deve ser utilizado seguindo algumas diretrizes importantes, porque é o que a população que elegeu esse governo espera dele. Todos estão livres para se expressar, desde que busque seus patrocínios na sociedade civil. Você agora não vai gravar filme pra agradar minoria com dinheiro público”, afirmou.
Questionada se as minorias não teriam espaço no seu governo, Regina explicou que quer dialogar com os artistas, mas deixou claro que eles precisam se esforçar para arrecadar dinheiro. “Todas têm espaço, claro que tem. Devem buscar seus patrocínios”, declarou.
Sobre a Lei Rouanet, Duarte prometeu que sua equipe fará modificações para que a ferramenta esteja mais acessível para os produtores e empresas. “A Lei Rouanet precisa de alguns ajustes, estamos pensando nisso seriamente, porque acho que ela pode ser mais democratizada, o bolo pode ser repartido em fatias mais equilibradas, mais justas pra todo fazedor de cultura, fazedor de arte”, explicou.
Ela também acredita que poderá fazer muitos projetos com o dinheiro que tem em caixa, sem ser ministra. “Não preciso de ministério pra fazer uma cultura rica, construtiva. Deixo esse problema pra que os poderes acima das minhas possibilidades resolvam”, opinou.
Regina revelou que aceitou ser secretária por causa do desafio. “É um aprendizado imenso para algo que não estava preparada. Isso me assustava muito. Mas depois eu percebi que poderia dividir isso com uma equipe competente, apaixonada por cultura e, por patriotismo, aceitei”.
A artista também não aprovou o comportamento do antigo secretário, Roberto Alvim, que foi demitido após fazer uma propaganda com semelhanças nazistas. “Ele foi tomado por um personagem e esqueceu que era o secretário de cultura de um país. Gravíssimo. Caiu!”, posicionou-se.
Regina assumiu o cargo na última semana e ela detalhou que teve bons momentos na nova função, mas tem enfrentado muitos desafios para poder colocar a “casa em ordem”.
“Altos e baixos. Momentos maravilhosos, que eu me sentia muito viva, algo que não tinha há muito tempo, e momentos que me sentia angustiante, porque tinha momentos que eu tinha que lidar com situações complicadas, de política, que é uma coisa que nem passava pela minha cabeça. Você vê pessoas usando seus cargos pra fazer ativismo, pensando na próxima eleição. No nosso caso, minha equipe, a gente quer fazer cultura”, destacou.
“Dá pra fazer muita coisa, temos muitas pautas positivas e só lamento ter perdido tanto tempo em desfazendo tanta intrigas que foram criadas, fake news e acusações não verdadeiras a respeito da proposta da equipe que tá comigo. Na verdade, vamos começar a trabalhar na semana que entra, porque estivemos ocupados com enormes dificuldades de toda uma facção que quer ocupar esse lugar. Quer que eu me demita, quer que eu me perca. Sim, já tem hashtag fora Regina e nem comecei. Essa semana eu tava lá tentando apagar alguns incêndios que as nomeações e exonerações provocaram”, acrescentou.
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A reportagem relembrou que poucos artistas estiveram na posse de Duarte, mas a atriz não se incomodou com o fato e continuou afirmando que buscará dialogar com todos os seus colegas.
“Eu acho que as pessoas que estavam ali já tinham mostrado seu apoio pra esse governo. Existe uma grande maioria que tá em silêncio. Eu acredito que essa maioria silenciosa vai chegar, vai vir, ela vai perceber que seria extremamente pouco inteligente despreza esse momento que tá sendo oferecido para classe artística e não se aproximar. As portas estão abertas pra essa classe, queremos o diálogo, queremos receber todas as insatisfações pra podermos resolver juntos”, opinou.
Sobre a polêmica da foto em que compartilhou de artistas que a apoiavam e depois pediram para retirar, pois não queriam associar suas com o governo Bolsonaro, ela se desculpou.
“De jeito nenhum, achei que era um direito que eu tinha invadido uma senha sem autorização mesmo eles tendo declarado apoio a mim. Eles não estavam declarando apoio a futura secretária do Governo Bolsonaro, o que muda completamente a situação. Quando eu percebi o significado que ganhou pra alguns colegas, até aproveito pra pedir desculpas, eu retirei”, concluiu.
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