Publicado em 27/02/2020 às 05:19:26
No último sábado (22) completaram-se 40 anos que a TV Tupi cancelou seu setor de dramaturgia e tirou do ar as novelas que estavam no ar naquele período. Entre elas, Como Salvar Meu Casamento, que marcou a estreia de Carlos Lombardi como novelista.
Em conversa com o NaTelinha, o autor de sucessos como Quatro Por Quatro (1994) e Kubanakan (2003) comentou sobre a novela, uma comédia romântica leve que estava com média acumulada de 10 pontos quando foi retirada do ar, e em viés de crescimento. Para se ter uma ideia, no início de janeiro de 1980, Como Salvar meu Casamento havia atingido média de 19 pontos, aumentando em quase 300% os índices em relação à estreia, que havia sido na casa dos 5 pontos. A trama estreou em 26 de junho de 1976 e saiu do ar com 208 capítulos em 22 de fevereiro de 1980.
"O final da novela no ar nos pegou de surpresa porque tínhamos mais 15 capítulos a mais já entregues. Pra mim foi uma tragédia dupla porque percebemos ali que nunca íamos receber os salários atrasados por vários meses e que a falência da empresa era inevitável", comentou o autor se referindo à forte crise financeira que tomava conta da TV Tupi nos últimos tempos. Alguns meses depois de tirar do ar sua dramaturgia, em julho de 80, a emissora saiu definitivamente do ar e perdeu a concessão.
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E Carlos Lombardi contou sobre a sensação de relembrar sua primeira novela da carreira. "Ao mesmo tempo, tenho muito carinho pela novela e gostaria de fazer uma remake. Primeiro porque ela ficou sem final e segundo porque hoje, depois de passar por casamento, criar filhos e toda essa jornada, eu escreveria muito melhor a relação complicada de Dorinha e Pedro", salientou ele, sem revelar, no entanto, pretensões sobre o tema.
A novela Como Salvar Meu Casamento foi uma das últimas da TV Tupi e que saiu do ar sem um final, assim como Drácula: uma história de Amor. O drama de um casamento que está terminando, com um estilo cotidiano realista parecido que, depois, consagrou o estilo de Manoel Carlos ao estilo despojado que marcaria a carreira de Lombardi, não foi escrita em carreira solo.
Dividiram a autoria da trama Edy Lima e Ney Marcondes, mas nenhum seguiu carreira, exceção ao próprio Carlos Lombardi, que alguns anos depois estava na Globo. A novela foi protagonizada por Nicette Bruno e Adriano Reys, contando ainda com nomes como Beth Goulart, Giuseppe Oristânio.
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