Publicado em 05/07/2022 às 12:13:00,
atualizado em 25/07/2022 às 20:33:52
A HBO Max divulgou o primeiro trailer da série documental Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, que estreia em 21 de julho. A produção resgata o crime que chocou o país em 1992, quando a atriz vivia um dos papéis principais da novela De Corpo e Alma, na Globo. Aos 22 anos, ela foi assassinada pelo colega de cena Guilherme de Pádua e pela esposa deste, Paula Thomaz.
As principais imagens da série sobre o assassinato de Daniella Perez trazem vídeos caseiros feitos pela mãe da atriz, a autora de novelas Glória Perez. “A vida parecia uma estrada linda, aberta. A gente só via coisas boas no horizonte. De repente, tudo isso explodiu, foi sugado”, diz a escritora, em depoimento para a produção da HBO Max. “A verdade é uma só, versões são muitas”, acrescenta ela.
O trailer ainda promete “novos fatos revelados em depoimentos inéditos”. Condenado pelo assassinato de Daniella, com quem vivia um par romântico na TV, o ex-ator Guilherme de Pádua, hoje pastor evangélico, já deu diversas entrevistas sobre sua versão do caso. Já Paula Thomaz não voltou a aparecer na mídia após cumprir pena.
A série da HBO Max também traz depoimentos de Raul Gazolla, viúvo de Daniella, e de amigos como Fábio Assunção, Claudia Raia, Cristiana Oliveira, Maurício Mattar, Wolf Maya e Eri Johnson. Além disso, autoridades e advogados também serão ouvidos. Ao todo, o documentário contará com cinco episódios. A direção é de Tatiana Issa e Guto Barra.
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Assista à chamada e ao primeiro trailer de Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez:
Em De Corpo e Alma (1992), novela criada por sua mãe Glória Perez, Daniella Perez viveu a jovem aspirante a dançarina Yasmin, seu papel de maior destaque na TV até então – ela havia estreado em Kananga do Japão (1989), na Manchete, em que contracenou com Raul Gazolla, com quem se casou na época.
A trajetória da jovem atriz foi interrompida de forma trágica: em 28 de dezembro de 1992, aos 22 anos, Daniella Perez foi assassinada por Guilherme de Pádua e Paula Nogueira Thomaz, com 18 golpes de tesoura que perfuraram pescoço, pulmão e coração da moça. O caso chocou o país, que foi tomado por uma onda de boatos sobre a motivação do crime.
A princípio, Guilherme chamou para si toda a responsabilidade. Depois, contudo, ele confirmou a suspeita da polícia afirmando que Paula também estava no local e havia participado da morte. Os dois foram julgados e condenados por homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
Guilherme e Paula, grávida do marido na época do assassinato, cumpriram, em regime fechado, 6 dos 19 anos a que foram condenados. Na época, um abaixo-assinado movido por Glória Perez angariou mais de 1 milhão de nomes para alterar a legislação penal, para incluir o homicídio entre os crimes hediondos.
No ano passado, Paula Thomaz abriu uma queixa-crime contra Gloria Perez depois que a escritora respondeu alguns comentários no Facebook sobre o fato de a assassina estar investindo na carreira artística de sua filha mais nova. "Essa criminosa não tem limites", disse a autora de novelas da Globo, na ocasião.
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