Publicado em 13/06/2021 às 09:07:11
Lançada no começo deste ano, Mare of Easttown estreou sem muito alarde por parte da HBO e seu primeiro episódio teve uma audiência de 600 mil telespectadores nos Estados Unidos. Porém, a minissérie protagonizada por Kate Winslet – a Rose de Titanic (1997) – rapidamente entrou no gosto popular e terminou com mais que o triplo de público e virou a nova queridinha dos especialistas de televisão dos Estados Unidos. O sucesso não foi por acaso, já que a criação e os bastidores da trama explicam os motivos que fizeram as pessoas se familiarizarem com a história.
Vencedora do Oscar, Globo de Ouro e Emmy, Kate confessou em entrevistas que seu principal objetivo era criar uma heroína real, fugindo da perfeição. Sua personagem era mal-humorada, com dificuldade em ter afeto com familiares e amigos e carrega uma depressão dentro de si.
Um dos pontos que fez ela trazer maior realidade a história foi quando não permitiu que o diretor fizesse retoques em seu corpo numa cena de nudes. “Não ouse!”, disse a atriz. A revelação foi feita em entrevista ao site The New York Times. “Eu sei quantas linhas de expressão eu tenho ao lado do meu olho, por favor, ponham todas de volta”, acrescentou.
Kate explicou que o público ficou surpreso com o jeito da personagem e isso a deixou bastante satisfeita. “Oh, meu Deus, como ela consegue aparecer tão desleixada?”, divertiu-se, que confessou ser muito crítica com seu trabalho.
“No primeiro episódio, ela está fazendo sexo no sofá. Eu disse ao meu marido: ‘Será que estou bem com isso? Será que estou mesmo fazendo uma mulher de meia-idade, que já é avó e tem o hábito de ter encontros de uma noite?’. Ele disse: ‘Kate, está ótimo. Deixa-a fazer isso'”, completou.
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O sucesso de Mare of Easttown assustou Kate Winslet, o que é surpreendente. Ela foi a protagonista de Titanic – um dos filmes mais bem sucedido da história do cinema – e foi eleita por diversas revistas dos Estados Unidos como a mulher mais famosa de 1997 e também a mais bonita.
Ela garante que sentiu o reconhecimento nas ruas com a minissérie da HBO igual ocorreu com a produção em que trabalhou ao lado de Leonardo DiCaprio. “É como voltar no tempo, 24 anos atrás, onde estou andando na rua e as pessoas estão se cutucando, apontando pra mim e sussurrando novamente”, relatou.
Um dos motivos, na visão dela, é pela personalidade da protagonista. “Interpreto Mare [Sheehan], uma mulher comum de meia-idade — eu farei 46 em outubro —, por isso as pessoas se conectaram com a personagem, porque claramente não há filtros. Mare é uma mulher com falhas, desarrumada, partida, fragmentada, com cicatrizes e defeitos”, acrescentou.
Evan Peters – conhecido pelo seu trabalho no filme X-Men – admitiu em entrevista para a Vanity Fair que pensou em desistir da minissérie. Ele ficou muito abalado ao gravar uma das cenas mais fortes da produção e passou a acreditar que não tinha entregado o suficiente.
“Eu estava chorando histericamente. Achei que não tinha conseguido entregar a cena. Estava tipo ‘não consigo fazer isso, sou horrível. Vou seguir você, Craig [Zobel,o diretor], e ser um diretor, porque não consigo mais fazer isso. E ele falou ‘está tudo bem, acho que conseguimos’”, desabafou.
O ator explicou que seu personagem é muito complexo e por isso sentiu dificuldade em encontrar o tom correto para ele. “Ele se sente totalmente um impostor. Poderia interpretá-lo como alguém extremamente autoconfiante tentando consertar as coisas ou como uma pessoa totalmente insegura, com uma severa síndrome do impostor e que não faz ideia do que está fazendo. Eu consigo me conectar mais com essa”, ressaltou.
A história de Mare of Easttown tem uma premissa simples e bastante conhecida do público. Uma detetiva precisa resolver o assassinato de uma mãe adolescente em uma cidade pequena dos Estados Unidos, onde todos se conhecem e se tornam suspeitos do crime. Para piorar, duas outras jovens estão desaparecidas e a polícia precisa encontrar respostas.
Mas a produção e o elenco dizem que, apesar da trama apontar um caminho, o enredo segue outra direção. Eles explicam que o motivo da minissérie ter chamado tanto a atenção é o fato de apostar na complexidade dos personagens, tratando de temas como saúde mental, maternidade, sexualidade, entre outras.
“Não é só a história de um crime. Na verdade, é mais sobre a comunidade; sobre misericórdia, compaixão e tristeza; e sobre como pessoas reais vivem, lidam com coisas reais e como essas coisas reais nem sempre são felizes, sabe? Podem ser muito desafiadoras. As dinâmicas familiares podem ir mudando em função de algo que aconteceu no passado ou que está acontecendo no presente”, opinou Kate Winslet em entrevista para a revista Vogue.
Mare of Easttown foi encomendada como minissérie – começo, meio e fim – mas a HBO foi surpreendida com o sucesso da trama. No penúltimo episódio da produção, o enredo foi o assunto mais comentado nas redes sociais nos Estados Unidos e diversos países, além de ter tido um público na terra do Tio Sam de dois milhões de telespectadores.
Kate admitiu que gostaria de retomar o papel. “Eu adoraria interpretar Mare de novo. Eu realmente sinto sua falta. É uma coisa estranha. Eu sinto que estou de luto, foi um papel absolutamente incrível. Há algo realmente viciante em Mare porque ela é tão ultrajante, adorável, brilhante e real, sabe? Eu adorei interpretá-la”, comentou ao TVLine.
Brad Ingelsby, criador da série, demonstrou interesse em fazer uma continuação, desde que se tenha uma boa história para contar. “Eu não descobri isso [a trama] ainda. Mas em um universo em que nós sejamos convencidos, e que a nova história consiga honrar a primeira saga e fazer com que o público se encante, talvez possa acontecer”, relatou em entrevista ao The Hollywood Reporter.
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