Publicado em 10/01/2021 às 05:00:05
A primeira e segunda temporada de Cobra Kai entraram no catálogo da Netflix em agosto do ano passado e a empresa produziu a terceira em seguida, lançando em dezembro de 2020. A série faz parte da franquia Karatê Kid e fez muito sucesso no YouTube Premium.
Trinta anos depois de Daniel Larusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka) se enfrentarem, a rivalidade entre a dupla volta quando Lawrence resolve retomar sua vida ao reabrir o dojo Cobra Kai. O protagonista vai atrás da sua redenção, enquanto Daniel tenta superar seus próprios desafios sem a ajuda do Miyagi.
O enredo chamou a atenção dos milhões de fãs de Karate Kid e ainda atraiu um novo público para Cobra Kai, transformando-se numa das séries mais vistas e comentadas da Netflix em 2020. Por conta disso, o NaTelinha elegeu cinco motivos que fazem a produção ser bem sucedida.
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Confira:
A série é baseada no primeiro filme da trilogia Karate Kid (1984), que teve grande bilheteria nos cinemas e arrecadou mais de US$ 90,8 milhões. A produção ainda conseguiu indicações no Oscar e Globo de Ouro, na categoria Melhor Ator Coadjuvante, graças ao trabalho de Pat Morita (1932-2005).
Com prestígio dos especialistas, o longa também conquistou o público e passou a ter uma legião de fãs, tanto que a franquia teve mais outras duas produções. O sucesso foi tanto que Karate Kid se tornou jogo de vídeo-game e é tratada como um clássico do cinema. Não por acaso, Cobra Kai chamou a atenção dos saudosistas e também conseguiu prendê-los na frente da TV.
O protagonista Johnny (William Zabka), que foi o vilão da franquia original, é aprofundado pela série. Cheio de imperfeições, ele é divorciado, desempregado e vive usando anti-depressivos e bebidas alcoólicas. Ele abre o dojo Cobra Kai depois que salva Miguel de uns valentões e decide ensiná-lo a lutar.
Já Daniel (Ralph Macchio) deixou o mundo das lutas para ser um homem de negócios e cuidar da sua família. Entretanto, tudo muda quando ele reencontra Johnny e descobre que o seu grande rival abriu novamente o Cobra Kai. Com medo que o seu adversário crie valentões, ele passa a acompanhar de perto os ensinamentos de Johnny.
Como Johnny não lida bem com o sucesso de Daniel, ele se sente vigiado pelo rival e a antiga faísca entre os dois ressurge. Essa “briga” da dupla faz com que o público fique na frente da TV.
Na década de 1980, o boxe estava fazendo sucesso ao redor do mundo e, apesar de Karate Kid ter outro formato, claro que o público buscou ver o filme por causa das lutas. Em Cobra Kai, isso não é diferente. Os duelos entre os personagens fazem parte do charme da produção.
As cenas de luta fizeram com que Cobra Kai fosse indicada ao Prêmio Emmy duas vezes na categoria de coordenação de acrobacias para uma série de comédia ou programa de variedades. “É uma parte do trabalho em Cobra Kai que exige muita paciência e prática para ver seu progresso”, contou o ator Xolo Maridueña em entrevista para a revista Quem no ano passado.
Uma boa história precisa de pontos de viradas para continuar prendendo o público. Cobra Kai tem muitos conflitos e o enredo é atualizado para os dias atuais. “Os tempos mudaram, a sociedade se desenvolveu e a série seria irrelevante se ficasse somente apegada ao passado e ao sucesso dos filmes. Isso não funciona”, afirmou William Zabka.
De fato, essa atualização permitiu que o público embarcasse nos principais dramas dos personagens. Se no filme, por exemplo, o espectador torce por um herói, na série é preciso se acostumar com um anti-herói, que é o Johnny. Esse mote leva a produção a ter diversas viradas.
Só que, mesmo com a modernidade, Cobra Kai não foge do bom e velho clichê. Não é raro o momento que determinado personagem do “bem” está passando por uma dificuldade terrível, mas consegue pensar em algo diferente na hora H e consegue se livrar daquela situação complicada.
Por sinal, Cobra Kai é chamada por alguns fãs brasileiros de “Malhação da Luta”, porque usa muito da fórmula da novela teen da Globo para angariar fãs. “É importante manter essa dinâmica para que a história tenha chance de estar por perto das pessoas por mais tempo”, refletiu Ralph Macchio.
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