Publicado em 24/10/2020 às 16:39:00
Quatro roteiristas da série de ficção produzida para o Globoplay sobre história da vereadora Marielle Franco (1979-2018), assassinada no Rio de Janeiro há dois anos, pediram demissão por divergências sobre a condução do projeto, segundo informações da coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo. A produção, ainda sem previsão de estreia, foi idealizada por Antônia Pellegrino e tem direção de José Padilha.
Além dos quatro roteiristas, duas pesquisadoras e um diretor, todos negros, compunham a equipe. Críticas logo no início da divulgação do projeto do Globoplay fizeram com que fosse ampliada a representatividade na concepção da série. Nas redes sociais, questionamentos davam conta de que os três principais responsável pela série sobre Marielle Franco eram brancos: Antônia Pellegrino, José Padilha e ainda o autor indicado pela Globo para supervisão dos textos, George Moura.
Morta a tiros em 14 de março de 2018, na companhia do motorista Anderson Gomes, Marielle Franco era negra, lésbica e feminista. Sua atuação era voltada às políticas de inclusão racial e social. O envolvimento de Padilha no projeto já havia sido alvo de críticas, não só pela raça, mas também por seu trabalho com a série O Mecanismo (2018), da Netflix, sobre a operação Lava Jato. Já Antônia é esposa do deputado federal Marcelo Freixo, amigo de Marielle e seu colega de partido no PSOL.
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A notícia sobre a desistência dos quatro roteiristas vem um dia após a polêmica em torno da faixa que a Globo produz para o Dia da Consciência Negra. A emissora escalou Manuela Dias como autora responsável e revoltou roteiristas negros pela falta de representatividade. O especial terá direção de Lázaro Ramos, e Taís Araújo viverá Marielle Franco.
Procurada, a Globo explicou que trata-se de um projeto especial e que a autora não vai escrever roteiros para a produção. O especial será uma espécie de colagem do discurso de diversas autoridades negras para relembrar um pouco da importância da luta para a Consciência Negra no Brasil.
O NaTelinha entrou em contato com diversos autores negros, alguns funcionários da Globo, para ouvir a opinião de cada um deles sobre o assunto. A maioria considerou de mau tom a postura da emissora e lembrou que é preciso dar voz e espaço aos negros, não apenas em especiais, mas na dramaturgia de modo geral.
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