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PF encontra frase golpista de Bolsonaro: "Vou entrar em campo com meu exército"

Ex-presidente, Jair Bolsonaro teria articulado um golpe de estado, segundo apontam investigações da PF

Bolsonaro tentou dar golpe, indica PF - Foto: Reprodução/Internet
Por Redação NT

Publicado em 08/02/2024 às 13:20:00,
atualizado em 08/02/2024 às 13:37:21

Em uma reunião ocorrida em julho de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez declarações polêmicas e acusações contra a segurança das urnas eletrônicas. Segundo informações da Polícia Federal (PF), o encontro teve uma "dinâmica golpista" e foi registrado em vídeo.

O vídeo da reunião veio à tona após a PF apreender um computador na casa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe de ordem de Bolsonaro. A existência desse material foi mencionada em uma investigação que culminou na operação deflagrada nesta quinta-feira (8).

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Durante a reunião, Bolsonaro questionou a integridade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e alegou a existência de acordos que desrespeitariam a Constituição. Suas palavras foram registradas na transcrição da PF: “Hoje me reuni com o pessoal do WhatsApp, e outras também mídias do Brasil. Conversei com eles. Tem acordo ou não tem com o TSE? Se tem acordo, que acordo é esse que tá passando por cima da Constituição? Eu vou entrar em campo usando o meu Exército, meus 23 ministros.

Além disso, Bolsonaro pressionou os ministros presentes: “Daqui pra frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar, ele vai vir falar para mim porque ele não quer falar. Se apresentar onde eu estou errado…”

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O ex-presidente demonstrou exaltação diante da possibilidade de derrota nas eleições e insinuou que os votos favoráveis a Lula já estariam computados no “computador do TSE”. Ele cobrou uma "providência": “Nós vamos esperar chegar 23, 24 (eleição), para se foder? Depois perguntar: por que não tomei providência lá atrás? E não é providência de força não, caralho! Não é dar tiro. Ô Paulo Sérgio, não vou botar a tropa na rua, tacar fogo aí, metralhar. Não é isso, porra!”

Os então ministros da Justiça, Anderson Torres, e o chefe da Casa Civil, general Braga Netto, também se pronunciaram durante a reunião, mas os detalhes de suas falas não foram divulgados até o momento.



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