Publicado em 22/07/2022 às 04:47:00,
atualizado em 22/07/2022 às 07:41:57
A Globo está investindo alto para Vai na Fé, sua próxima novela das 19h, que deve estrear entre fevereiro e março do ano que vem. Considerada a primeira novela gospel do canal, escrita por Rosane Svartman e protagonizada por Sheron Menezzes, a produção quer uma trilha sonora recheada de músicas gospels icônicas do Brasil. O problema é que produtores da novela estão esbarrando em um imprevisto: os cantores evangélicos. As dificuldades têm sido imensas para conseguir liberação do uso de algumas canções e, nos bastidores já é dado como certo de que a lista original de músicas não será a que o público vai ver no ar.
Segundo apurou o NaTelinha, Vai na Fé é muito mais do que uma novela comum da faixa das sete, mas um experimento da gestão José Luiz Villamarim e Ricardo Waddington. Capitaneada por eles, a Globo entende que os evangélicos são fatia importante do país e não pode mais serem ignorados pelo principal produto de dramaturgia da emissora e é preciso abrir espaço. Fontes do canal confirmam que a nova direção trata a religião evangélica como "o novo catolicismo" dos próximos anos. Isso significa dizer que a fé vai ser usada com frequência cada vez maior nas novelas a partir de agora, assim como católicos são vistos aos montes. Mas todos os profissionais envolvidos no processo são crus quando o assunto é este.
Enquanto a vida toda a Globo tratou com produtoras experientes no mercado fonográfico e já tem uma relação madura com alguns cantores e produtores musicais, no meio evangélico tudo funciona de uma forma muito diferente. Muitos cantores conhecidos são donos das próprias produtoras, gravadoras e selos, que às vezes também têm vínculos diretos com pastores e igrejas, o que torna a negociação diferenciada. Tanto a emissora quanto as produtoras e gravadoras evangélicas não possuem qualquer experiência em negociar trilha sonora. De um lado, porque a Globo jamais teve interesse no estilo e por outro porque, mesmo séries jamais procuraram esses profissionais que não sabem direito o que fazer.
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Mesmo assim, produtores musicais da emissora já estão em campo para abrir negociações para ter uma trilha sonora que seja considerada ideal. Na visão deles, é imprescindível que músicas icônicas para evangélicos e que tenham furado a bolha da igreja e atingido a população como um todo, esteja na novela. Mas a tarefa não será tão simples.
A reportagem ouviu de uma pessoa envolvida neste processo que a situação é complexa. Um exemplo dado é que, na lista da trilha sugerida constam algumas músicas do Diante do Trono, grupo comandado por Ana Paula Valadão e que é ligado à Igreja Batista da Lagoinha. Ana Paula já foi figurinha carimbada na Globo, estando em diversos programas e no Festival Promessas, inclusive no Faustão, porém nos últimos anos chegou a recusar alguns convites. O dificultador é que o Diante do Trono chegou a assinar contrato com a Som Livre, mas rompeu o vínculo de forma unilateral e o caso está na justiça, com o grupo Globo pedindo um valor milionário contra a banda. Mesmo assim, a tentação para fechar um acordo deve ser grande, afinal uma das músicas do grupo é pretendida como tema da protagonista, o que não é pouca coisa.
No caso de outros cantores o problema é diferente. Alguns nomes que estão explodindo cada vez mais no cenário, como Bruna Karla e Thales Roberto possuem ligações umbilicais com líderes que são profundos críticos da Globo, como é o caso do pastor Silas Malafaia. Na visão dos produtores, isso pode dificultar as negociações, principalmente porque esses músicos querem conhecer a história da trama antes de aprovarem a canção como tema de determinados personagens, o que não faz parte do padrão de negociação. A emissora jamais permite interferência de um produtor ou cantor nos rumos da narrativa somente para ter a trilha que pretende e isso não será modificado no caso de Vai na Fé.
Com ótima relação com a direção da Globo desde sempre, a exceção é Aline Barros. Considerada a cantora evangélica mais importante da história do Brasil - ao menos quando o assunto é sucesso - ela tem trânsito aberto no canal desde os anos 90 e não impõe qualquer dificuldade para ter uma música sua em trilha da novela. Tanto que a artista aprovou a única vez que uma música evangélica foi tema de uma produção da emissora carioca, em Duas Caras (2009), em que a canção Recomeçar esteve presente.
Aline Barros é, inclusive, um trunfo dos produtores para tentar se aproximar de outros nomes evangélicos, já que ela é muito bem relacionada com praticamente todos os artistas do meio gospel. Mesmo assim, a Globo já sabe que as negociações serão intensas e que algumas canções icônicas acabarão ficando de fora.
Procurada, a Globo enviou a seguinte nota. "Não procede qualquer dificuldade com relação à trilha, inclusive, porque essa etapa ainda nem começou a ser definida".
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