José Leôncio, personagem de Renato Góes na primeira fase de Pantanal e vivido por Marcos Palmeira na segunda fase, forma um triângulo amoroso com Filó (Leticia Salles/Dira Paes) e Madeleine (Bruna Linzmeyer/Karine Teles). Ainda na primeira fase, Filó será surpreendida ao ver seu grande amor voltar ao Pantanal casado com outra.
Após ser expulsa de casa pela mãe aos 12 anos, Filó encontra abrigo em uma currutela (prostíbulo), local onde conhece José Leôncio meses antes de procurar por ele na fazenda, grávida de Tadeu (José Loreto) e virar sua empregada.
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"A Filó faz aquela ponte, que talvez seja os dois lados de uma mulher, que vai de uma prostituta à grande mãe, como se fossem lados opostos e são complementares", disse Dira Paes na terceira coletiva virtual da novela das nove, que estreia dia 28 na Globo.
"É uma mulher que começa uma vida muito cedo, não tem chances, se entrega à prostituição, só que ela é resgatada pelo encantamento de um jovem por uma mulher. Só que a Filó tem outra paixão pelo Zé Leôncio, e ela é muito realista e faz que ela traga uma carga no meu olhar muito contemporâneo".
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A atriz diz que quando esse homem chega no Pantanal com uma nova paixão, ela dá dois passos para trás. "Ela considera que vai conviver com esse casal, e esse choque de realidade amadurece ela muito mais rápido. Filó dá informações de como ela teve que amadurecer sozinha. Vejo na Filó que é o amor sem apego, um amor sem esperar do outro o mesmo reconhecimento, a mesma medida e isso vai dando uma dignidade para essa mulher que acaba sendo uma referência para todos que estão na fazenda. Essa mulher não esquece de onde ela veio", conta.
Pantanal: Dira Paes diz que Filó tem relação amadurecida "com intimidade da convivência"
Dira Paes destaca que Filó tem uma construção do tempo do Zé Leôncio, e quando ela entra em cena, na segunda fase, já se passaram 20 e poucos anos entre uma fase e outra, o que talvez justifique o comportamento da personagem com o seu grande amor.
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"É uma relação amadurecida, com a intimidade da convivência, eles têm uma comunicação de olhar e o Zé Leôncio é só o Zé Leôncio quando ele está com a Filó. A gente tem uma cena de intimidade a cada dez capítulos, é como se ele pudesse se despir da obrigação de ser forte, de ser um homem de negócios nestes momentos".
A Filó, segundo Dira, não quer reconhecimento, ela tem um ego muito evoluído, que faz parte desse lugar da mulher que tem uma consciência e não precisa do reconhecimento alheio para se sentir forte, segura e dona de si mesma.
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"As leituras vão ser num primeiro momento de como ele é machista e depois essas camadas vão sendo reveladas. Ela está vivendo a vida e não está preocupada com dinheiro dele".
Já com o filho Tadeu, a atriz conta que é uma relação de fragilidade, em que ela se expõe mais. "Ela é uma mãe universal e com o filho ela tem uma imaturidade neste lidar, que faz com que esse Tadeu seja um homem inseguro", explica.
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