Publicado em 20/02/2022 às 08:58:29
Não existe uma pessoa que acompanhe o universo das novelas no Brasil e não tenha ouvido pelo menos uma vez na vida o nome de Daniel Filho. Um dos principais diretores da história do formato, fez uma parceria com Boni para impor um novo ritmo ao estilo, dentro da Globo, e transformou para sempre as telenovelas brasileiras. Neste domingo (20), se completam 55 anos da estreia de uma produção que levaria o diretor para a emissora carioca, A Rainha Louca e, ao receber o convite, ele fez pouco caso.
A trama foi escrita por Gloria Magadan (1920-2001) que, a essa altura, já não era mais a manda chuva da Globo, mas seguia como uma das principais roteiristas de novelas da casa. Inspirada em Memórias de um Médico, clássico de Alexandre Duma, ela foi a primeira telenovela brasileira com gravação no exterior para os primeiros capítulos. O diretor Ziembinski levou parte do elenco para gravar os primeiros capítulos do folhetim.
Mas o resultado não foi o esperado e o folhetim acumulou fracassos em seu início, tendo uma audiência preocupante por parte da crítica. Em seu livro, Boni narra que notou o erro logo no princípio. “Assisti a alguns capítulos. Eram terrivelmente chatos e arrastados. O Ziembinski dava à novela um ritmo lento e pesado. Em alguns momentos, chegava a ser dark. (…) Precisava substituí-lo".
O todo poderoso da Globo optou por olhar para o cinema e encontrar alguém que fosse capaz de aceitar o desafio: Daniel Filho. Era o momento de recorrer ao Daniel Filho. Com a contratação de Daniel, o cenário logo mudou: “O ritmo da novela passou a ser ágil e a audiência cresceu muito, o que nos obrigou a esticar os 160 capítulos previstos para 215.”, explica.
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Em seu próprio livro, O Circo Eletrônico, confirmou que sua trajetória na Globo começou exatamente nesta novela e conta uma história inusitada. Segundo ele, o chefão da emissora o procurou com um papo esquisito. "Daniel, você está assistindo a essa nova novela, A Rainha Louca?", teria questionado Boni, que levou uma resposta sincera. "Claro que não Boni".
A partir daí, o homem forte da Globo queria saber as razões e ouviu um ato de sincericídio de Filho. "Acho essa coisa de novela chata, inverossímil, absurda. Não entendo como alguém pode ficar sentado, assistindo diariamente àquela porcaria…", comentou. Mas Daniel também narra que, a partir dessa resposta, teve uma surpresa e tanto com a frase seguinte de Boni. "Eu quero que você a dirija".
O próprio Daniel reconheceu que não entendia o que aquilo significa. "Que coisa, Boni, logo eu!", teria reclamado, ao que o futuro chefe garantiu. "Você gosta tanto de cinema, fala tanto, conhece tanto. Então… Você bota essas coisas todas de cinema aí na novela, dá uma mexida…’.", decidiu. Filho diz que assim iniciou sua trajetória de sucesso como diretor de novelas. "E lá fui eu dirigir A Rainha Louca, a primeira das inúmeras novelas que viria a dirigir na TV Globo.”, encerrou.
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