Publicado em 21/09/2021 às 04:00:00,
atualizado em 21/09/2021 às 09:25:47
A grande aposta da Globo para a dramaturgia pode até ser Pantanal, mas a forma como a cúpula da emissora carioca vem lidando com a produção tem gerado ciúmes nos bastidores do departamento. A equipe que trabalha para colocar no ar Um Lugar ao Sol não está nada satisfeita com o fato de que o canal está praticamente ignorando a obra para tratar de uma novela que só entra no ar em 2022.
Segundo apurou o NaTelinha, ao menos dois produtores de Um Lugar ao Sol reclamaram da situação publicamente e não estão satisfeitos com o tratamento dispensado a Um Lugar ao Sol. Embora não seja segredo para ninguém que Ricardo Waddington tem em Pantanal sua menina dos olhos, a equipe da novela de Lícia Manzo considera que a produção está sendo jogada de escanteio e não está tendo um tratamento adequado para seu lançamento.
Ao considerar que a obra estreia em novembro, a produção esperava que a Globo fosse tratar com maior glamour, afinal trata-se da primeira novela das 21h totalmente inédita desde o início da pandemia. Parte da equipe entende que Pantanal mereça maior atenção por ser a primeira novela da nova cúpula de dramaturgia e também por ser uma espécie de currículo para os novos tempos do departamento, mas há um consenso de que há exagero.
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No último domingo (19), por exemplo, a apresentação da atriz escolhida para viver Juma Marruá, Alanis Guillen, como o NaTelinha havia antecipado, no Fantástico, incomodou bastante os produtores de Um Lugar ao Sol. Não pela reportagem em si, mas pelo fato de que a próxima novela das 21h não ganhou ainda espaço na revista eletrônica, mesmo sendo a responsável por voltar com obra inédita no horário e ter algumas peculiaridades, como gêmeos protagonistas, vividos por Cauã Reymond.
Os produtores da novela já foram até José Luis Villamarim para fazer a reclamação oficial e pediram maior espaço na grade de programação para divulgar a estreia. Nos corredores da Globo, todos sabiam que Um Lugar ao Sol receberia divulgação nas chamadas da programação, como acontece com outras obras, mas sem grande pompa e isso está tentando ser revertido.
A grande questão levantada na reunião não é para o tratamento dispensado a Pantanal, mas a forma como Um Lugar ao Sol vem sendo deixado de lado e o argumento é que há possibilidade de divulgar ambas. A equipe da novela de Lícia Manzo pediu espaço dentro dos programas da emissora para mostrar um pouco do trabalho, dos protocolos e também para apresentar a história. Villamarim ficou de pensar.
Embora a resposta do chefão de dramaturgia tenha sido positiva, ou seja, irá pensar no que fazer, ninguém acredita que Um Lugar ao Sol terá grande espaço para lançamento. Não é porque a emissora não acredita na história ou porque quer boicotá-la, o que sequer faz sentido. Mas Waddington não quer dar grande destaque para uma novela que não foi aprovada por ele.
A ideia é não se envolver para evitar que, em caso de fracasso, a marca não fique sob a gestão dele e de José Luis Villamarim, o que poderia atrapalhar, mesmo num sucesso de Pantanal. A intenção é de que Um Lugar ao Sol seja mais uma novela das 21h, numa espécie de saideira ou transição entre gestões para, a partir daí, um novo modelo de trabalho ser apresentado para o grande público. Mesmo assim, para evitar ciúme generalizado, é possível que a novela ganhe alguma inserção em programas da emissora.
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