Publicado em 11/06/2021 às 08:10:00,
atualizado em 11/06/2021 às 10:00:58
Conforme noticiou o NaTelinha com exclusividade nesta semana, Paraíso Tropical será reprisada pelo Canal Viva, substituindo A Viagem às 15h30 a partir de 5 de julho. Com uma trama bem amarrada, Gilberto Braga e Ricardo Linhares puderam desenvolver uma novela com relativa tranquilidade, já que não tiveram tantos problemas em seu desenvolvimento. Mas, em contrapartida, grande parte das barreiras enfrentas aconteceu antes do folhetim estrear.
Dificuldades na escalação de elenco foi um dos desafios dos autores e do diretor, Dennis Carvalho, já que atores recusaram papéis por motivos pessoais ou incompatibilidade de agenda. Problemas de liberação com trilha sonora também marcou a pré-produção da novela.
Depois que a novela foi ao ar, a audiência demorou a subir, já que o público torceu o nariz em seu início, inclusive não curtindo o casal protagonista Paula (Alessandra Negrini) e Daniel (Fábio Assunção). Confira todos os bastidores de Paraíso Tropical que deram o que falar!
Pupila de Gilberto Braga, principalmente por ter brilhado em sua novela anterior, Celebridade (2003), em que viveu a vilã Laura, Claudia Abreu foi a primeira atriz pensada para dar vida as gêmeas Paula e Taís. Até então, o autor não abria mão da artista para ser a protagonista e antagonista ao mesmo tempo em seu folhetim. Contudo, a gravidez de Claudia fez com que os planos do autor fossem mudados completamente.
Em seu lugar, Alessandra Negrini assumiu o posto, mesmo a contragosto de Braga. "A Alessandra Negrini é competente, mas não tem o carisma da Cacau", disse Gilberto no livro A Seguir Cenas do Próximo Capítulo. Mas antes de Negrini, os autores ainda pensaram em Letícia Sabatella para o a papel, mas ela estava no ar em Páginas da Vida (2006), a novela anterior no horário.
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Além da gravidez de Claudia Abreu que a impossibilitou de fazer a novela, Selton Mello também recusou o papel dos autores e direção. A princípio, ele faria o vilão Olavo, mas o ator estava mais envolvido com o cinema do que trabalhos na TV. Selton até hoje não voltou aos folhetins, mas já está gravando seu retorno ao gênero como Dom Pedro II em Nos Tempos do Imperador, que entra em cartaz em breve na Globo.
Outra atriz que recusou um papel na trama foi Mariana Ximenes, que daria vida à profissional do sexo Bebel. Mas, segundo Gilberto Braga, ela estava cansada por fazer uma novela atrás da outra desde que estreou na Globo, em 1999. Em seu lugar ficou Camila Pitanga, que marcou sua carreira com a personagem, e até hoje é lembrada pelo público. Já Joana Fomm, que havia gravado cenas iniciais como Marion, saiu de cena por causa de problemas de saúde. Vera Holtz assumiu o papel
Gilberto Braga foi socorrido por Silvio de Abreu durante a trama. O amigo de Braga teve a incumbência de auxiliá-lo numa maior aproximação dos protagonistas com o público, além de arquitetar os mistérios da família de Marion.
Já na parte sonora da novela, a Globo teve um problemão por ter colocado a música Chaya Chaya, de Nukleouz & DJ Seduction, sem autorização da gravadora como tema das profissionais de sexo da novela. A Som Livre teve que se virar nos trinta e excluir a música da trilha sonora que já estava sendo vendida. Em uma nova tiragem do CD, a referida canção já não estava mais presente.
Wagner Moura e Camila Pitanga ganharam prêmios por Olavo e bebel - Foto: Reprodução
Ao final da novela, o site oficial do folhetim deu pistas sobre o personagem misterioso que matou Tais e tentou assassinar outras pessoas da trama. Na página, uma contagem regressiva mostrava os suspeitos, que eram eliminados da lista conforme chegava a hora do último capítulo da novela ir ao ar. Já na reapresentação do derradeiro episódio, no sábado, uma nova edição incluiu cenas que não haviam passado na versão final.
Meses depois de seu fim, a produção foi agraciada com diversos troféus, incluindo melhor novela, pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e Troféu Imprensa. Atores também foram reconhecidos pelo trabalho no folhetim, como Wagner Moura e Camila Pitanga, eleitos melhor ator e melhor atriz de 2007 pela APCA e Troféu Imprensa, que também deu prêmio de revelação na TV ao ator Gustavo Leão.
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