Publicado em 22/03/2022 às 12:59:00
Uma semana após um grupo de funcionários planejar uma paralisação em resposta ao tratamento da Disney e do CEO Bob Chapek sobre o projeto de lei Don't Say Gay (Não Diga Gay), do estado da Flórida, Estados Unidos, a plataforma de streaming da empresa publicou um posicionamento em suas redes sociais. "A Disney+ apoia nossos funcionários, colegas, familiares, contadores de histórias e fãs LGBTQIA+, e denunciamos veementemente toda a legislação que infrinja os direitos humanos básicos das pessoas da comunidade LGBTQIA+, especialmente a legislação que visa e prejudica os jovens e suas famílias", dizia o início do texto.
"Nós nos esforçamos para criar um serviço que reflita o mundo em que vivemos, e nossa esperança é ser uma fonte de histórias inclusivas, empoderadoras e autênticas que nos unam em nossa humanidade compartilhada", finalizava a postagem.
A notícia que o conglomerado estava flertando com uma lei anti-LGBT pegou mal nos bastidores. Funcionários LGBTQUIA+ divulgaram no Twitter um pedido com o fim de financiamento de políticos favoráveis a leis discriminatórias, inclusive relacionado ao governador da Flórida, Ron DeSantis.
O grupo intitulado Disney Do Better Walkout lançou um site oficial com uma carta de exigências e instruções para funcionários também aderirem ao protesto. "Fomos forçados a uma posição impossível e insustentável. Precisamos agora agir para convencer a Disney a proteger seus funcionários e suas famílias diante desse preconceito descarado e sem remorso", disse.
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Na última semana, veio à tona que Bob Chapek, CEO da Disney, doou US$ 5 milhões (25 milhões de reais na atual cotação) para apoiar o projeto. Desta vez, ele contou que apesar da quantia doada, a própria Disney vinha trabalhando nos bastidores para convencer os senadores a vetarem a lei Don't Say Gay.
Se aprovado, o projeto proibiria a discussão sobre orientação sexual ou identidade de gênero em determinadas séries escolares ou de forma especificada. Dessa forma, a lei iria barrar a instrução sobre orientação sexual e identidade de gênero dentro da sala de aula por funcionários da escola, desde o jardim de infância até a terceira série.
A posição da Disney foi repudiada por Abigail Disney, sobrinha-neta do próprio Walt Disney (1901-1966), além de outros funcionários do conglomerado, como os roteiristas Benjamin Siemon e Bill Motz, por exemplo.
Depois disso, Bob Chapek afirmou que a Disney manterá sua postura contra a lei não só no estado do Flórida, mas também em todo o território estadunidense no intuito de votar projetos parecidos contra os direitos humanos. "Estamos comprometidos em apoiar a comunidade daqui pra frente", sintetizou o CEO.
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